sábado, 21 de junho de 2025

Virusaperiódico (111)

 


Virusaperiódico (111)

 

O dia 20 foi passado quase todo a preparar um texto sobre a(s) guerra(s). Sendo a guerra um crime contra a humanidade não percebo por que razão não existe a nível mundial um forte movimento de oposição à loucura de aumento dos gastos militares que se traduzirão em menos saúde, menos educação e menos qualidade de vida.

 

No dia 21 andei pela Courela, onde limpei bananeiras e bananas e arranquei algumas ervas. Pela primeira vez observei um ninho de santantoninho ou papinho (Erithacus rubecula) com dois ovos.

 

Na Ribeira Nova visitei as colmeias que me parecem estar bem e arranquei algumas ervas, sobretudo feitos (Pteridium aquilinum).

 

Fui presenteado com nabos e feijão verde. Bem-haja a quem cultiva. A terra a quem a ama!

 

No fim do dia estive a ler o livro do escritor, recentemente falecido, Carlos Matos Gomes, intitulado “Geração D”. Não só é o governo terrorista de Israel ou o grupo terrorista do Hamas que assassinam inocentes. Portugal também tem as mãos sujas.

 

A guerra continua, em nome dos interesses económicos de alguns poucos e das religiões de outros. Lembrei-me da inutilidade da ONU e das palavras ignoradas do chefe da igreja católica, o Papa Francisco que foi crítico das potências que alimentam guerras por interesses económicos. Em várias ocasiões, declarou que “há pessoas que ganham dinheiro com a morte de outros” e denunciou a “terceira guerra mundial aos pedaços” que vivemos hoje.

 

21 de junho de 2025

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Virusaperiódico (110)

 



Virusaperiódico (110)

 

No dia 16 destaco o lançamento da obra de Pedro Paulo Câmara “Armando Côrtes-Rodrigues-Obra dramática dispersa”. Ainda não li o livro, mas já tirei fiquei a conhecer melhor a história de Vila Franca, isto é, o cortejo dos Reis Magos da Ribeira Seca é muito mais antigo do que se realizava em São Pedro. Enquanto o primeiro, cujo texto é do cantador popular João Jacinto Januário, é da década de 30 do século passado, o segundo, da autoria de Côrtes-Rodrigues, foi escrito em 1962.

 

Já comuniquei ao autor, Pedro Câmara, que há pelo menos mais uma peça de teatro, não mencionada na excelente obra apresentada, da autoria daquele ilustre vila-franquense. Trata-se de “O tempo e a máscara”, escrita em conjunto com Lúcio Miranda, que esteve em cena nos dias 19,21 e 23 de fevereiro de 1952.

 

Parabéns ao Pedro Paulo Câmara pelo trabalho que tem feito em prol da cultura açoriana.

 

Comecei o dia 17, a pesquisar textos sobre a guerra e sobre a rainha-das-ervas. Passei algum tempo na minha antiga escola, onde revi alguns colegas e fotografei algumas flores de roseiras, do jacarandá e da figueira-do-inferno. De tarde andei por Vila Franca, na colheita de bananas. Recebi vários presentes, alguns produtos relacionados com as festas do Espírito Santo e um sabão artesanal de karité, cuja manteiga é muito usada em cosmética.

 

No dia 18, estive a pesquisar sobre a guerra e a paz e no fim do dia marquei presença, em Vila Franca,  no lançamento do livro “33 contos” da autoria de Eugénia Leal. Já saboreei meia dúzia deles e deliciei-me. Parabéns à autora e que não pare de escrever!

 

No dia 19, continuei as leituras sobre a paz e a guerra e convivi. Não basta viver!

 

19 de junho de 2025

terça-feira, 17 de junho de 2025

A anoneira

 


A ANONEIRA

 

A frequência de uma formação sobre a poda na cultura da anoneira, em que entre os formandos estavam dois pico-pedrenses e em que a formadora também era do Pico da Pedra, levou-me a escrever o presente texto que disponibilizo aos leitores da “Voz Popular”.

 

A anoneira (Annona cherimola Mill.), também conhecida por coração-negro ou coração-de-negro, é uma árvore ou arbusto de porte médio, pertencente à família Annonaceae.

 

A anoneira pode atingir dez metros de altura se crescer livremente. O tronco cilíndrico apresenta uma casca de cor verde acinzentada. As folhas são de forma variada, podendo ser ovais, ovais-lanceoladas, obovadas ou elípticas, de cor verde-escuro na página superior e de um verde mais claro na inferior. As flores, muito aromáticas, são de cor creme. Os frutos apresentam várias formas, sendo as mais comuns a cónica, a esférica e a oval. A polpa é branca e as sementes são de cor castanho-escura ou preta,

 

A anoneira terá chegado aos Açores no século XIX, não se sabendo quem foi o introdutor. No entanto, sabe-se que em 1857, já existiam no Jardim Botânico José do Canto cinco “variedades”.

 

Em 1953, a anoneira fazia parte da lista das “Principais plantas cultivadas e espontâneas nos Açores” elaborada pelo Regente Agrícola Silvano Pereira, publicada no nº 18 do Boletim da Comissão Reguladora dos Cereais do Arquipélago dos Açores.

 

Vinda da América do Sul, onde os seus frutos “em tempos muito antigos” eram “abundante comida das populações locais”, a anoneira atravessou o Oceano Atlântico e chegou à Europa, onde hoje é muito apreciada. Em Portugal, é cultivada sobretudo no arquipélago da Madeira e também nos Açores.

De acordo com Capelinha (2018) “a produção da anona na Madeira permanece desde a sua colonização, devido às suas condições edafoclimáticas, combinadas com as técnicas de cultivo e o conhecimento da população, fazendo com que a anona da Madeira se inclua na designação de denominação de origem protegida (DOP). Esta contribui de forma significativa para o desenvolvimento económico com uma produção anual de 1000 toneladas/ano, a Madeira tem como principais mercados, o Continente, França, Espanha e Inglaterra, tornando-se o fruto mais exportado, após a banana.”

 

Sobre a propagação da planta, o Eng.º Manuel Moniz da Ponte escreveu o seguinte:

“a multiplicação da anoneira faz-se por sementeira e enxertia. Quando se tem como objectivo a manutenção das características varietais das variedades seleccionadas, tem de se recorrer à propagação vegetativa e em particular à enxertia de garfo sobre porta-enxertos francos.

O tipo de enxertia mais utilizado é de “fenda cheia”, decorrendo durante os meses de Março a Maio”. (https://almanaqueacoriano.com/index.php/artigos/24-pomar/1073-a-anoneira).

 

A anoneira é cultivada essencialmente pela excelência dos seus frutos que, de acordo com o Dr. Oliveira Feijão, são adstringentes.

 

Uma referência ao uso das folhas secas, do córtex e dos frutos da anoneira, nos Açores, encontra-se no livro “Algumas plantas medicinais dos Açores” da autoria de Yolanda Corsépius. Segundo ela, a planta possui propriedades estomacais e antidiarreicas.

 

Num texto intitulado “Propriedades Farmacológicas da Annona cherimola Mill.” (https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/84542), da autoria de Bianca Capelinha, datado de 2018, podemos ler que o fruto, a raiz, a casca, as folhas e as sementes da anoneira têm sido usados tradicionalmente em várias regiões do planeta, sobretudo na América Latina.

Assim:

 

- Os frutos podem ser consumido frescos e utilizados na produção de iogurtes, gelados, sumos, vinho e licores;

 

- A decocção da casca é usada como tónico e para tratar a diarreia;

 

- A raiz mastigada é usada para aliviar a dor de dentes e usada em decocção com funções anti-helmínticas e antipiréticas;

 

- Nos Açores, as folhas são tradicionalmente utilizadas para tratar hipercolesterolemia.

 

Pico da Pedra, 12 de maio de 2025

 

Teófilo Braga

 

Virusaperiódico (109)

 



Virusaperiódico (109)

 

Comecei o dia 14 de junho a fazer pesquisas sobre uma planta, cuja tisana costumo beber, o “Chá de Roibos” (Aspalathus linearis).

 

Em Vila Franca do Campo, enquanto a chuva não permitiu trabalhar visitei a Grota das Freiras e o Sanguina, tenho observado caminhos “vaquícolas” que mais parecem ribeiras. O IROA anda distraído!

 

Na Ribeira Nova estive a arrancar feitos (Pteridium aquilinum) que estavam a cobrir as endémicas e fetos-espada (Nephrolepis cordifolia), planta ornamental, que estavam a invadir uma grande área de terreno.

 

Uma vez mais saí de Vila Franca carregado de uma generosa oferta: um repolho, nabos e fava verde.

 

Comecei a ler o livro “Verão Quente de 1975- Tudo era permitido”. Segundo o autor, Pedro Prostes da Fonseca, houve delírios. De leitura fácil, o autor delirou quando confundiu o Padre Max, assassinado pelos terroristas do MDLP, de Spínola e de um deputado fascista, com o padre Martins, da ilha da Madeira.

 

A madrugada de domingo, dia 15, foi ocupada em pesquisas sobre plantas e a fazer a revisão de um texto que será publicado numa revista. Ainda de manhã, estive a “desbajar” favas. De tarde, depois de muito descansar, voltei às leituras.

 

15 de junho de 2025

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Virusaperiódico (108)




Virusaperiódico (108)

De manhã, no dia do Espírito Santo, 9 de junho, andei pela Ribeira Seca de Vila Franca onde fui colher, poucas e de baixa qualidade, bananas. De tarde, fiz uma caminhada no Pico da Pedra, tendo encontrado uma planta que nunca havia reparado antes, que julgo ser uma azaroleira (Crataegus azarolus L. (?)). Depois de descansar, para recuperar de uma semana muito cansativa, voltei à leitura do livro sobre a guerra já referido.

 

No Dia de Portugal, que qualquer dia, volta a ser o dia da “Raça”, continuei a ler o livro sobre a guerra e corri muita roupa.

 

Na madrugada do dia 11 ouvi por várias vezes um jovem mocho (Asio otus) no terreno ao lado da minha casa. Volteia ouvir ao anoitecer. É um bom sinal!

 

Passei pela minha antiga escola e permaneci durante algum tempo, tendo recordado, sem saudades, a azáfama da preparação dos conselhos de avaliação.

 

Voltei a madrugar no dia 12, tendo começado o dia a responder a várias perguntas sobre afirmações contidas no livro “Plantas Maravilhosas”. Não me canso de responder a questões levantadas por várias pessoas, pois fico sempre mais rico com as investigações que por vezes sou forçado a fazer. De tarde, assisti à festa de final de ano letivo das crianças e idosos da Casa do Povo do Pico da Pedra.

 

O dia 13 foi passado a tratar de burocracias e da “doença”. Passei por uma livraria e comprei três livros que mencionarei à medida que for lendo, sendo um deles de Carlos Matos Gomes. No fim do dia, com as costas a atrapalhar a qualidade de vida, li mais algumas páginas do livro sobre a(s) guerra(s).

 

A tolice continua à solta, agora em alguns impérios fazem uma apanha de um porco. Mais uma tradição que deve ser classificada como património cultural da (des)humanidade!

 

Registo, nesta sexta-feira, dia 13, a morte do Padre Martins, da Madeira, com que falei pela primeira e única vez o ano passado ou no anterior, sobre a sua intensão de “unir” as Paróquias das Ribeiras Secas dos Açores e da Madeira. Expliquei-lhe que a minha Ribeira Seca, a de Vila Franca do Campo, não é paróquia e não tem igreja paroquial própria.

 

13 de junho de 2025


quarta-feira, 11 de junho de 2025

Dia Mundial do Ambiente 2025

 


1 – Qual é o significado do Dia Mundial do Ambiente enquanto ambientalista açoriano?

 

Criado em 1972,durante a Conferência de Estocolmo, a primeira organizada pelas Nações Unidas para falar sobre ambiente, com este dia pretende-se sensibilizar todos os cidadãos para a necessidade de se proteger o Planeta Terra dos atentados que é vítima por parte de uma sociedade onde é incentivado o consumo desenfreado que está associado à sobre-exploração dos recursos naturais.

 

Um pessimista não teria razões para o celebrar, em virtude dos atentados diários de que é alvo todo o planeta. Embora apreensivo quanto ao futuro, considero que devemos continuar a espalhar a mensagem de que a nossa maior riqueza é o património natural e cultural e todos temos o dever de o conservar, não só neste, mas todos os dias.

 

2 - Quais são os principais desafios ambientais que os Açores enfrentam actualmente?

 

O grande desafio dos Açores é o da Educação. A região não está bem colocada a nível nacional em vários índices de que são exemplo o aproveitamento, a assiduidade e o abandono escolar.

 

No que diz respeito à educação ambiente, desde há alguns anos assiste-se a um retrocesso enorme. Este começou ainda com o governo da responsabilidade do Partido Socialista, com a extinção das Ecotecas e da Agência Regional da Energia e do Ambiente e o atual governo nada fez em sentido contrário..

 

Enquanto nos Açores não é possível, em Portugal continental as ONGA podem ter professores destacados para a organização e coordenação de projetos de educação para a sustentabilidade.

 

3 - De que forma a população açoriana pode contribuir para a preservação do meio ambiente?

 

Os açorianos não devem deixar nas mãos dos outros a decisão das grandes e pequenas questões que dizem respeito à vida das comunidades onde estão inseridos. A democracia deve ser direta tanto quanto for possível e muito mais participativa, os políticos devem ser forçados a ouvir os eleitores e não tomarem decisões por si. Na área ambiental, para que se consiga ter um ambiente equilibrado e uma melhor qualidades de vida, os cidadãos devem ter comportamentos amigos do ambiente, denunciar todas as infrações que tenham conhecimento e, sempre possível, desenvolver ações de sensibilização e de defesa do ambiente individualmente ou em grupo, integrados ou não em organizações formais ou informais.

 

4 - Considera que as políticas ambientais nos Açores têm sido eficazes?

 

Discordo em absoluto com a aposta na incineração de resíduos, as áreas protegidas terrestres estão quase e só no papel, as áreas marinhas protegidas idem (poderá vir a acontecer um retrocesso se for aprovada uma proposta de desclassificação de algumas), a aposta no restauro ecológico de algumas áreas é diminuta, as árvores continuam a ser vítimas de podas mal executadas, o Regime jurídico de classificação do arvoredo de interesse público na Região Autónoma dos Açores” continua por ser regulamentado há quase 3 anos, é insuficiente o combate às plantas invasoras e voltou a ser possível a utilização de herbicidas com glifosato em áreas urbanas. Fico por aqui, apresentando dois exemplos que acho inacreditável ainda não terem sido resolvidos, por desleixo ou inação das entidades responsáveis: a poluição das águas no Ilhéu de Vila Franca do Campo e a contaminação da praia do Monte Verde, na Ribeira Grande

 

5 - Que impacto têm as alterações climáticas nos ecossistemas açorianos?

 

Só um especialista na área poderá responder com precisão a esta questão, por isso apenas repito o que é do meu conhecimento geral. Os Açores não vão escapar ao aumento da intensidade e frequência de fenómenos extremos que afetarão a agricultura, a segurança e o próprio turismo. Preocupante será a diminuição da biodiversidade tanto terrestre como marinha e o favorecimento da proliferação de espécies invasoras

 

6 - Que papel devem desempenhar as escolas e os jovens na protecção ambiental?

 

Não se pode sobrecarregar as escolas  e os professores com a responsabilidade da educação ambiental,  que deverá ser continua ao longo da vida, formal e não formal, nem passar para os jovens a responsabilidade pela resolução dos problemas ambientais que os adultos estão continuamente a criar. Todos os cidadãos, mas todos, têm o dever de proteger o ambiente.

 

7 - Como vê o equilíbrio entre o desenvolvimento turístico e a preservação ambiental nos Açores?

 

A aposta no turismo, que dizem sustentável, não está a ser feita, pois os responsáveis esquecem-se que dos três pilares do desenvolvimento sustentável, só o económico, a curto prazo e ao serviço só de alguns, é que conta.  Opilar ambiental e o social são esquecidos.

 

A pressão humana sobre alguns espaços é muito grande, nomeadamente em áreas protegidas pelo que deviam ser tomadas medidas para limitar o acesso a algumas delas, como por exemplo a Reserva Natural da Lagoa do Fogo.

 

8 - Que mensagem gostaria de deixar neste Dia Mundial do Ambiente?

 

Apesar  das nuvens negras que estão a cobrir o mundo, não podemos ficar de braços cruzados. Que se siga o provérbio chinês: “Prefiro as lágrimas de não ter vencido à vergonha de não ter lutado”.

 

Pico da Pedra, 5 de junho de 2025

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Virusaperiódico (107)

 


Virusaperiódico (107)

 

O dia 7 de junho foi inteiramente dedicado às plantas, de manhã com uma visita guiada aos jardins Antero de Quental e António Borges, iniciativa da Livraria Letras Lavadas que contou com a participação de 10 adultos e duas crianças de tenra idade (uma delas ficou ofendida quando alguém lhe disse que era um bebé). De tarde, pelas 18 horas, estive presente numa sessão de apresentação do livro “Flores do nosso jardim”, da autoria de Raimundo Quintal, na Casa da Madeira dos Açores. Tratou-se de uma sentida e bonita homenagem à Céu, companheira de Raimundo Quintal, amante das flores, plantas e jardins.

 

Comecei o dia 8, com uma visita à Atalhada onde recebi como prenda uma enorme courgette. Ainda de manhã, passei pelo Pinhal da Paz, onde estive a apreciar o trabalho de restauro que está a ser feito pelos Amigos dos Açores e a flora do local, e pelo Parque Urbano, onde fotografei várias plantas e observei para além de muitos coelhos e um porquinho-da-índia, muitas aves com destaque para o melro negro, o tentilhão, a alvéloa e o canário.

 

Já no início da noite, durante a segunda parte de um jogo de futebol, estive a colocar na terra algumas plantas de milho-de-vassoura que havia recebido de oferta.

 

Comecei a leitura de um livro sobre a(s) guerra(s) que será editado ainda este ano. A guerra é um crime contra a humanidade que os donos do mundo fomentam com todo o gosto.

 

8 de junho de 2025

sábado, 7 de junho de 2025

6 de junho 2025 - Lançamento do livro "Plantas Maravilhosas"

 


(fotografia: Letras Lavadas)


Boa tarde

 

Agradeço aos meus amigos e amigos das plantas, aos amigos das abelhas (Casermel), aos ambientalistas e ecologistas (Amigos dos Açores, IRIS, APPAA, Amigos do Calhau), aos meus familiares e aos meus colegas de profissão.

 

Agradeço a todos os presentes.

 

Este livro, é um livro coletivo, pois para a sua concretização contei com a colaboração de várias pessoas. Aproveito a oportunidade para os agradecer publicamente.

 

– Ao José António Pacheco, pela cedência de fotografias e pela oferta de várias plantas que têm enriquecido a minha quinta.

 

– Ao Leonardo Milhomens, pelas dúvidas que me tem tirado em relação ao cultivo de algumas plantas e por me ter ensinado a fazer cestos de vime.

 

– À Maria Helena Câmara, pela cedência de fotografias e pela oferta de plantas, entre as quais a amoreira-do-papel e o barrileiro e pelo incentivo para fazer pesquisas sobre a junça.

 

– Ao Raimundo Quintal, por tudo o que me tem ensinado ao longo de muitos anos, pelo prefácio, pela cedência de fotografias, pela leitura, pelas sugestões para melhoria dos conteúdos dos textos das várias plantas e pela generosa apresentação do livro.

 

– À Ana Lúcia Vieira Ponte, à Gilda Pontes, à Lúcia Ventura, ao João Paulo Marques Rosa e ao Manuel Moniz da Ponte, pela cedência de fotografias.

 

– À Helena Medeiros e ao Segismundo Martins pela revisão das provas tipográficas e pelas sugestões de alteração apresentadas.

 

– À editora Letras Lavadas, na pessoa do seu timoneiro Ernesto Resendes, que prontamente apostou na publicação deste livro.

 

– A toda a equipa de trabalho da Nova Gráfica, nas pessoas de Pedro Melo, paginador, e Jaime Serra, autor da capa, pela competência demonstrada na feitura deste livro.

 

Embora não seja habitual, aproveito a oportunidade para recomendar a leitura de dois livros sobre plantas:

 

- “Quarenta Árvores em discurso directo”, do economista António Bagão Félix, em que o autor põe as ávores a falar de si e de familiares suas.

 

- A Nação das Plantas, de Stefano Mancuso, uma autoridade de renome mundial na área da Neurobiologia Vegetal.

 

Da sua leitura podemos tirar várias lições:

 

- Está na ordem do dia o combate às espécies invasoras, sobretudo as vegetais. “Contudo é urgente ter consciência de que, em comparação com a capacidade invasora do Homo sapiens, a perigosidade de todas as outras espécies é apenas uma brincadeira de crianças.”

 

- “Estarmos conscientes do desastre que os nossos consumos estão a gerar deveria tornar-nos mais atentos relativamente aos nossos comportamentos individuais, mas também mais furiosos com um modelo de desenvolvimento que, para premiar apenas alguns, destrói a nossa casa comum.”

 

- “A grande aposta a nível mundial devia ser na defesa das florestas. Sem um número suficiente de florestas não existe nenhuma possibilidade real de inverter a tendência de crescimento do CO2. A desflorestação devia ser considerada um crime contra a humanidade e punida em conformidade.”

 

Termino com um breve poema de Emanuel Félix, no seu livro “A Viagem Possível (Poesia-1965/1981)”, publicado em 1984, dedicado à sua companheira Filomena:

 

“Flores para ti, Mena.

O seu perfume aquece e afaga

Como a brisa do Verão.

Cravos vermelhos como esta chaga

Que tu me abriste

No coração.


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Virusaperiódico (106)

 



Virusaperiódico (106)

 

O dia 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, foi passado nas Furnas, primeiro nas margens da Lagoa a fotografar algumas plantas e depois numa curta visita ao Parque Terra Nostra. No Correio dos Açores, foi publicada uma entrevista que dei sobre questões ambientais. Recebi, a título de oferta, o livro “Chá Gorreana desde 1883”, da autoria de Roberto Rodrigues.

 

Comecei o dia 6 de junho, ainda mais cedo do que é habitual, tendo registado o primeiro canto de um galo aproximadamente pelas 3h 45 min. Antes de uma consulta médica pelas 8h 30 min, estive a descarregar e organizar as dezenas de fotografias que tirei no dia anterior.

 

Pelas 18 horas, foi lançado o um livro “Plantas Maravilhosas”, com a presença de muitos amigos.

 

Um patético lançamento de balões fez com que o espaço aéreo de São Miguel estivesse fechado por algum tempo. Como se não bastasse o “greenwashing”, continua a deseducação por parte de quem devia educar. A “Coriscolândia Kairos” a poluir o nosso planeta!

 

6 de junho de 2025