segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SANTO NATAL E FELIZ ANO NOVO

Exmo. Senhor Presidente da República,

Os professores portugueses vêm, por este meio, desejar a Vossa Excelência e família um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.
Certos da importância que representamos para a sociedade portuguesa e para o desenvolvimento harmonioso do País, endereçamos-lhe o nosso veemente apelo para que interceda junto do Governo no sentido de o alertar para as profundas alterações que a recente legislação introduziu no funcionamento interno das escolas e consequente mal-estar generalizado no ambiente de trabalho dos respectivos corpos docentes.
Assim, os professores solicitam a Vossa Excelência a formalização do nosso profundo descontentamento junto do Governo em aspectos que condicionam negativamente o funcionamento das escolas publicas, designadamente a divisão do corpo docente entre professores titulares e professores não titulares com base em critérios discriminatórios, sem validade coerente em termos científicos e pedagógicos, bem como a avaliação de desempenho sujeita a quotas, também aqui forçosamente acima dos já referidos critérios de natureza científica e pedagógica.
Porque somos todos professores, independentemente do número de anos que leccionamos, da nossa idade e do vínculo laboral que mantemos com o Ministério da Educação, solicitamos a Vossa Excelência que faça chegar junto do Governo todo o nosso empenho e interesse por uma avaliação do nosso desempenho profissional justa e séria, baseada em critérios científicos e pedagógicos, tendo em conta toda a nossa experiência profissional, sem quaisquer discriminações e colocando todos os professores em situação de igualdade, sem qualquer divisão da carreira docente.
Senhor Presidente, os professores efectuaram uma longuíssima preparação e formação para o desempenho das suas funções, tendo prescindido de muitas coisas, ao longo de anos, para poderem dar o seu melhor. Não queremos agora, depois de tão difícil e enorme esforço, ver defraudadas as nossas expectativas de realização socioprofissional.
Senhor Presidente, precisamos agora, mais que nunca, que exerça a sua influência junto do Governo, no sentido de dar voz ao nosso descontentamento generalizado face às políticas ignóbeis seguidas pelo actual Governo e que, em ultima análise, apenas e tão-só estão a descaracterizar e a minar a escola pública portuguesa, com a consequente perda de qualidade, colocando assim em risco a formação das futuras gerações em Portugal e o desenvolvimento do País.
Com votos de Boas Festas,

Nome: Teófilo José Soares de Braga

Escola: Escola Secundária das Laranjeiras

Localidade: Ponta Delgada, São Miguel (Açores)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Acerca da proposta da SREF de Alteração do ECDRAA


Em primeiro lugar, queriamos mencionar o facto de este não ser um bom momento político para a negociação de um Estatuto da Carreira Docente em virtude de, tal como acontece a nível nacional, termos na região um governo suportado por um parlamento onde um só partido, o socialista, tem maioria absoluta.
Em segundo lugar, importa registar a fragilidade do movimento sindical e a falta de tradição de luta por parte da classe docente, que se têm alheado da discussão das questões profissionais. Esta atitude tem-se traduzido na culpabilização dos sindicatos por tudo o que não está bem, esquecendo-se que aqueles devem ser o que os seus associados quiserem.
Neste momento, é com amargura que não vemos avançar qualquer iniciativa com vista à criação de uma plataforma sindical que una não só os dois sindicatos mais representativos da Região, mas também outras associações sindicais, com vista à luta comum por um digno Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores.
Assim, colegas, temos que, com os sindicatos que quiserem estar com os professores, continuar a denunciar esta proposta que nos é apresentada. Com efeito, ela não serve porque:
1- Mantém uma duração e progressão na carreira, 35 anos, muito superior ao da média dos países da OCDE que é de 24 anos;
2- Continua a inibir do direito de escolha de serviços prestadores de cuidados de saúde;
3- Não altera, com a profundidade necessária, o modelo de avaliação.

Pela institucionalização de um Dia D, no inicio do 2º Período, onde em todas as escolas, ou em plenários de Ilha, os professoras possam discutir a proposta da SREF e apresentar as suas propostas. Caso se opte pelos Plenários de Ilha, estes deverão terminar com concentrações e manifestações públicas.

Ponta Delgada, 16 de Dezembro de 2008
José Soares

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

NOVO ECDRAA E NOVA GRELHA



Depois de uma leitura rápida ao ECDRAA, a conclusão é que o esqueleto mantém-se. Algumas melhorias, mas muito longe do que era desejável.

Em relação à grelha de avaliação diria que apesar das alterações gostava de saber como um observador de aulas consegue avaliar os parâmetros lá referidos. Acho que nem numa semana de observações, a não ser que sejam super homens/mulheres.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Apelo à CGTP e à UGT

Solicita-se a divulgação e subscrição do Apelo aos dirigentes da CGTP e da UGT, o qual pode ser acedido através do link:

http://www.petitiononline.com/CGTPUGT/petition.html

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Escola Secundária das Laranjeiras- Moção aprovada em Reunião Geral apela à suspensão da avaliação


No passado dia 5 de Dezembro uma moção aprovada pela esmagadora maioria dos professores da Escola Secundária das Laranjeiras, dirigida à Secretária Regional da Educação e Formação solicita a revisão do ECDRRA e a suspensão do actual modelo de avaliação.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Adesão à Greve

Nos Açores não houve guerra de números. Será que houve greve ontem?


Fonte: http://antero.wordpress.com/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Não Queremos Remendos!

Fotos da Manifestação de hoje, 3 de Dezembro, em Ponta Delgada, que contou c0m a presença de mais de 600 professores que por diversas vezes gritaram: A Luta é Regional.
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

SPRA Satisfeito

Depois do almoço, o SPRA ficou satisfeito, embora tenha saído do dito cujo com uma mão vazia e a outra com coisa nenhuma.

Abaixo vai o comunicado daquele sindicato:

Presidente do Governo Regional e Secretária da Educação e Formação, em reunião com os Sindicatos de Professores, manifestam disponibilidade política para rever aspectos do Estatuto da Carreira Docente na RAA e reapreciar o modelo de avaliação em vigor

O Sindicato dos Professores da Região Açores, ao reunir com o Presidente do Governo e com a Secretária Regional da Educação e Formação, levou ao seu conhecimento as principais reivindicações dos docentes, com ênfase na avaliação, horários de trabalho e condicionalismos impostos às faltas por doença, tendo entregue a Moção aprovada por mais de um milhar de Professores e Educadores, nos Plenários Sindicais realizados em todas as ilhas dos Açores, acompanhada de um Memorando Reivindicativo, que consubstancia os aspectos que mais os preocupam.

O Presidente do Governo afirmou que, nesta reunião, realizada hoje, 2/12/08, pretendeu dar um sinal político da disponibilidade do novo Governo para procurar soluções consensualizadas, que vão ao encontro das preocupações dos docentes e dos Sindicatos que os representam, no sentido de promover as melhores condições de aprendizagem dos alunos e garantir a estabilidade necessária ao desempenho da profissão docente, que, no seu entender, deve ser revalorizada.

Desta reunião não saíram propostas concretas, apesar da nossa insistência. O Presidente do Governo comprometeu-se, no entanto, a apresentar, no prazo de duas semanas, uma Proposta aos Sindicatos, contendo os aspectos que o Governo pretende alterar, no imediato, relativamente ao ECD na RAA, tendo em conta a auscultação aos parceiros sociais e aos docentes.

O SPRA aguarda pela Proposta do Governo, a qual será analisada e debatida, em Plenários Sindicais, com os Professores e Educadores, a fim de decidirem quais as posições a tomar.

Avaliar a Avaliação

S.Miguel - Açores, 1 de Dezembro de 2008


Às/aos Colegas,
Auxiliares de Educação,
Alunas e Alunos.
Ao Conselho Executivo.
À Assembleia de Escola.
À Associação de Estudantes.
À Associação de Pais e Encarregados de Educação.
Da Escola Secundária Antero de Quental.


Uma pessoa para quem qualquer argumento serve para justificar qualquer decisão devia alguma vez dirigir um ministério, muito mais o da Educação, e, dirigindo-o, devia ou não de imediato ser demitida?
Um primeiro ministro que chama uma pessoa dessas para tal ministério e em todas as circunstâncias aplaude o seu desempenho, devia alguma vez ter sido primeiro ministro, e, sendo-o, devia ou não devia ser imediatamente demitido?
Se tantos têm em pensamento o que nem para si dizem, como explicam que tal demissão não tenha já ocorrido?
Mera desatenção dos portugueses? Masoquismo generalizado? Sadismo colectivo? Estóica demanda de argumentos verbais à altura da fraudulenta alocução institucional? Impossibilidade interna ao fenómeno?
Impossibilidade? Como? Se tudo se reune para que o fenómeno decorra!
Demanda de argumentos verbais? Como? Se a mais singela exposição é por demais elucidativa!
Sadismo colectivo? Como? Se tantos clamam contra a extorsão, contra a violência, contra a exploração, contra a prepotência, contra a mentira, contra a iniquidade, contra o abuso!
Masoquismo generalizado? Como? Se tantos tanto se insurgem contra quanto sofrem!
Mera desatenção? Como? Se o olhar é cada vez mais crítico e mais exigentes todos quanto a tudo!
Como ainda assim continuam a actuar semelhantes empossados?
Actuam porque a preclaridade e a exigência estão apesar de tudo aquém do suficiente para que a sua actuação seja anulada.
Actuam porque apesar de tudo ainda muitos não sofrem o que muitos já sofrem.
Actuam porque o abuso, a exploração, a violência, a extorsão, a mentira, a fraude, o erro grosseiro, são mais visíveis na vista do outro do que na vista do próprio.
Actuam, ainda, porque há um Presidente da República unha com carne com aqueles supinos emprazados.

Eu pergunto aos meus concidadãos: a soberania está nos que recebem o voto ou a soberania está nos que, com o voto, ou com a recusa do voto, legitimamente decidem?

Na Escola Secundária Antero de Quental põe-se identicamente a questão: o conselho executivo e os outros órgãos legitimados por actos eleitorais, respondem e prestam contas a quê? Ao correspondente quadro eleitoral escolar? Ou é à administração pública - e as eleições internas à escola não passam de mera fraude?
Pergunto, a propósito de fraude: uma fraude, justificada por outra fraude, deixa por isso de ser fraude?
E ainda: o defraudado, por defraudar também, anula a fraude ou mais soma à fraude?
E mais uma questão ainda: faz-se, e faz-se bem, e por bem fazer-se honra-se quem não fez, e o que fez bem ainda honrado se sente porque quem não fez lhe deu a honra de, sem o ter feito, ter a honra e o proveito da realização?!

Grato por eventual atenção,

Pedro Albergaria Leite Pacheco

Greve, Por que não?


(clique para ampliar)

Recebido por mail

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O FADO PORTUGUÊS... ATÉ UM DIA!

Caros colegas,

Sou militante do PS desde 1989 e estive ontem na sede do PS, Largo do Rato. Não tive a oportunidade de intervenção porque houve bastante participação. Inscrevi-me, mas confesso que abdiquei da minha intervenção pois iria repetir-me. Em resumo: insistência e muita propaganda para validar o modelo a qualquer custo. A divisão da carreira é para continuar, sendo que foi demonstrado cabalmente que não corresponde ao mérito mas sim a redução de custos e que mais de 2/3 dos professores jamais a atingem. Quero deixar a mensagem que só muito poucos é que tiveram a coragem de dizer as verdades. Enfim, a pressão é muita e o satus presente não permitiu que todos nos sentissemos "livres".
Porque sou socialista, porque acredito num verdadeiro PS e não neste, porque quero e luto por um PS mais justo, mais digno, mais fraterno... irei fazer greve assim como muito dos colegas presentes. Quero ainda dizer-vos: Este PS está aflito. Vai recorrer a tudo o que puder para levar por diante toda esta maquinação. Dizem que não podem perder a face.
Nós professores também não! Se ganharmos agora, ganhamos todos! Se perdermos neste momento, jamais nos levantaremos! O PS de Sócrates e não dos socialistas tudo irá fazer para nos vergar. Isto é uma certeza. Cabe-nos a nós resistir, porque resistir é vencer!
Aguardo melhores dias para o meu verdadeiro PS.
PS: Foi dito por um colega que neste momento o PS já tinha perdido a maioria e que se arriscava mesmo a perder as eleições com esta luta contra os professores. Este PS não está mesmo preocupado... e todos nós julgamos saber porquê. Quem vier a seguir que feche a porta, pois estes já têm lugar de estadia e vôo marcado para destinos definidos e bem remunerados.

Professor socialista que não vota neste PS.

Este comentário encontra-se no blogue Profavaliação.