quinta-feira, 17 de julho de 2025

Virusaperiódico (116)

 


Virusaperiódico (116)

 

O dia 14 de julho foi ainda dia de repouso forçado, tendo retomado algumas leituras entre as quais a do último romance de Pedro Almeida Maia. Fiquei a saber que o Jornal de Letras que não saiu no dia 9 como estava previsto corre sérios riscos de acabar.

 

Comecei o dia 15 a ler boas notícias, a primeira a de que Portugal vai investir mais 1,3 mil milhões de euros em Defesa até ao final deste ano, o que é uma boa medida pois já temos tudo o que precisamos em termos de educação, cultura, saúde e qualidade de vida.

 

A outra notícia é a de que depois da chacina de mulheres, crianças e idosos palestinianos, Israel prepara-se para criar um “um campo de concentração” para os restantes. Não percebo por que razão há quem defenda um Estado da Palestina quando o objetivo de muitos é acabar com os palestinianos. Naquela zona do globo há terroristas maus (alguns palestinianos) e terroristas bons (alguns israelitas).

 

Também não me espanta as ameaças do dono deste mundo, um tal Trump, que dá 50 dias à Rússia para acabar com a guerra. Vai bombardear as centrais nucleares russas? Vai bombardear Moscovo? Vai deixar de comprar urânio à Rússia?

 

No que diz respeito à Europa, Trump ameaça-a com tarifas de 30% ao mesmo tempo que manda armas para a Ucrânia e obriga os europeus a pagá-las. É o mundo que temos, de joelhos prante um louco fascistoide, que tem muitos adeptos entre os emigrantes portugueses, que chegaram aos EUA, muitos com uma mão na frente e outra atrás.

 

Comecei a quarta-feira, dia 16, a organizar ficheiros com fotografias de plantas. O resto do dia foi passado na Biblioteca Pública em reuniões, leituras e pesquisas.

 

Na quinta-feira, dia 17, passei pela feira-agrícola de Santana e fotografei pela primeira vez abelhas em tipuanas e em girassóis. Acabei de ler o romance de Pedro Almeida Maia. Vale a pena a sua leitura!

 

17 de julho de 2025

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Virusaperiódico (115)

 



Virusaperiódico (115)

 

Comecei o dia 11 a ler uma notícia que deve orgulhar os governantes açorianos: “Os Açore só ficam atrás da Madeira no que diz respeito a pessoas a viver na mesma casa e com menos condições, em Portugal”. Trata-se do resultado de um original desenvolvimento sustentável!

 

Fiquei a saber que a desinformação continua. A incineração (queima) de resíduos passou a ser chamada Valorização Energética (se o fosse a empresa teria de pagar aos fornecedores). A separação de resíduos passou a chamar-se reciclagem. Em dois anos separar 56 toneladas é muito pouco. É vergonhoso! As metas europeias são para “inglês” ver!

 

No dia 12, o corpo não deixou trabalhar pelo que me limitei a dar uma voltinha com os cães na Rua Capitão Manuel Cordeiro, onde encontrei nas bermas e na entrada de um pasto a erva muito amarela. Não tenho provas porque não vi ninguém a colocar qualquer herbicida ou outro “amigo” do ambiente, mas água benta não foi. O Pico da Pedra continua a ser uma eco freguesia, mas pouco eco.

 

Verifiquei que a meados de julho ainda há incensos em floração num terreno no Pico da Pedra. Qualquer dia haverá mel de incenso todo o ano!

 

No dia 13, já a caminho da recuperação, voltei às leituras, primeiro de algumas páginas do livro, de Maria das Mercês Pacheco, “Viajantes nos Açores: o olhar estrangeiro sobre as ilhas desde o século XVI” e de dois textos publicados num jornal, onde o redator denuncia alguns autores ou pretensos historiadores que deturpam os factos para colocarem como opositores ativos contra a ditadura pessoas que pouco ou nada fizeram ou que não tinham idade para o fazer. Nesta terra pretende-se fazer heróis à força?

 

13 de julho de 2025

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Virusaperiódico (114)

 


Virusaperiódico (114)

 

Dediquei o dia 4 de julho às plantas usadas nos Açores em tinturaria, primeiro com uma visita ao Jardim do Palácio de Santana e depois com trabalhos e reunião na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.

 

O dia 5 foi passado com mondas de ervas no quintal e com uma entrevista sobre Alice Moderno no Museu Carlos Machado para um programa que será transmitido na RTP-2. Li as primeiras páginas do mais recente romance de Pedro de Almeida Maia sobre a vida de um gangster açoriano na América.

 

Comecei o dia 6 a rever umas apresentações em “PowerPoint” que irei usar amanhã na Escola Secundária das Laranjeiras. Para além da organização de ficheiros no computador e da leitura de jornais, em alguns apenas os títulos, o dia foi de convívio familiar.

 

Os dias 7 e 8 foram preenchidos com uma formação sobre educação ambiental e hortas escolares.

 

Comecei o dia 9 a tratar, primeiro no Pico da Pedra e depois em Vila Franca do Campo, de assuntos relacionados com o falecimento de minha tia Rosa. A bur(r)ocracia é tanta que vou acabar por desistir. Quem vier atrás que feche a porta! De tarde, voltei à minha terra natal, desta vez para colher muito poucas bananas.

 

No dia 10 estive no Cemitério de São Joaquim primeiro a tentar localizar a campa do Dr. José Pereira Botelho, o médico dos pobres, e depois a participar num trabalho sobre Alice Moderno.

 

10 de julho de 2025

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Rainha-das-ervas

 



Rainha-das-ervas

 

A rainha-das-ervas, eduardas, artemísia-dos-prados, matricária ou artemija (na Madeira) (Tanacetum parthenium (L.) Schultz-Bio., da família Asteraceae, é uma planta herbácea vivaz oriunda do sueste da Europa que, hoje está espalhada por toda a Europa, na Austrália e na América do Norte. Nos Açores, a rainha-das-ervas foi introduzida, encontrando-se naturalizada em todas as ilhas, exceto no Corvo.

 

Desconhece-se a principal razão da sua introdução no nosso arquipélago, podendo ser devido ao seu uso na medicina tradicional ou à sua utilização como planta ornamental.

 

A rainha-das-ervas é uma planta aromática que pode atingir um metro de altura, com caule ramificado, com folhas ovadas a oblongas, dentadas e pubescentes. As flores do disco são amarelas, possuindo lígulas dentadas brancas.

 

Na Ribeira Seca de Vila Franca do Campo, a rainha-das-ervas era cultivada nos quintais, sendo usada essencialmente para ornamentar as casas. Na Ribeira Seca da Ribeira Grande, de acordo com o Eng.º José António Pacheco, a planta é usada anualmente para enfeitar o altar de São Pedro, durante as tradicionais Cavalhadas.

 

Na ilha Terceira, segundo Augusto Gomes (1993), a rainha-das-ervas era usada na “contenção da urina”, na Ribeira Seca de Vila Franca do Campo era utilizada para combater as “dores de cabeça”: Na ilha das Flores, era usada para tirar dores diversas e nos partos.

 

Na freguesia da Fajã da Ovelha, na ilha da Madeira, segundo Freitas e Mateus (2013) são os seguintes os usos da rainha das ervas: “Chá para urinar e problemas de rins, vesícula, próstata e infeções na bexiga. Utilizado em mistura com cabelo de milho.”

 

De acordo com Cunha, Ribeiro e Roque (2017) as principais utilizações da rainha-das ervas são:

“Em fitoterapia, é empregue como aperitivo e em dispepsias hipossecretoras. Reduz a frequência e duração das enxaquecas, acção atribuida às lactonas. É usada em combinação com outas plantas em artites e dores reumáticas.

 

Em cosmética são usados cremes com extracto glicólico da parte aérea em flor para peles inflamadas e peles secas.”

 

De acordo com o livro “Culpeper’s Colour Herbal (1983) embora as virtudes da rainha-das-ervas sejam conhecidas há muitos século, apenas há alguns anos a planta chamou à atenção pelo facto de ser um medicamento eficaz para o tratamento das dores de cabeças e enxaquecas.

 

Uma sugestão de tratamento consiste em colocar uma ou duas folhas de rainha-das-ervas em sanduiches, tendo em atenção que algumas pessoas mais sensíveis possam desenvolver bolhas na boca.

 

No mesmo livro é referido que a rainha-das-ervas “é antipirética e induz à transpiração, diminuindo assim a temperatura em casos de febre.

 

Pico da Pedra, 4 de julho de 2025

 

Teófilo (Soares) Braga

 

Núcleo Regional dos Açores da IRIS-Associação Nacional de Ambiente

Virusaperiódico (113)

 


Virusaperiódico (113)

 

Comecei o dia 28 com a leitura de uma triste, mas esperada notícia: o desinvestimento na educação. Li que o governo quer poupar, acabando com os turnos nas ciências experimentais. Aos governos o que interessa são os negócios de e para meia dúzia e os investimentos na guerra.

 

O dia foi passado quase todo em Vila Franca do Campo, em contato com a terra: mondas, limpezas de bananas e visita às abelhas que, por agora, estão bem.

 

No dia 29 andei pela Ribeira Grande, onde fui fotografar o altar de São Pedro ornamentado com rainha-das ervas e vi as Cavalhadas dos mais pequenos. Gostei, pois nenhum animal foi importunado. Li muitas páginas do livro de José Hipólito dos Santos, já mencionado. Também dediquei alguma tempo ao associativismo animalista.

 

Comecei o mês de julho, a rever material de laboratório de Física, a trabalhar sobre plantas usadas na tinturaria e continuei a leitura do livro de Hipólito dos Santos, onde fiquei a conhecer a vida de alguns portugueses refugiados na Argélia.

 

O dia 2 de manhã foi passado a tratar de burocracias e a trabalhar sobre plantas tintureiras. De tarde, andei por Vila Franca e continuei a minha leitura do livro de Hipólito dos Santos. Fiquei a conhecer a corrupção existente em países que se libertaram dos colonizadores.

 

No dia 3, estive a pôr a correspondência em dia, que estava muito atrasada e a ler alguns textos sobre Alice Moderno. No fim do dia, estive no lançamento do livro de Liberato Fernandes “O Sistema da Guerra” e acabei a leitura do livro de José Hipólito dos Santos.

 

3 de julho de 2025

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Virusaperiódico (112)

 


Virusaperiódico (112)

O dia 22 foi passado a realizar trabalhos domésticos e a ler o livro já mencionado de Carlos Matos Gomes.

 

Na segunda-feira, dia 23, estive algum tempo na minha antiga escola, onde já estão a ser realizados exames. Estive a ler alguns textos antigos sobre a(s) guerra(s). Continuam atuais, pois a obsessão para matar continua e agora com mais capacidade para o fazer.

 

O dia 25 foi longo, de manhã andei pela Biblioteca Pública a fazer pesquisas sobre plantas tintureiras e a tratar de assuntos num Banco, sabendo que os únicos confiáveis são os de jardim. Passei numa oficina, onde está um automóvel há dois meses à espera de ser reparado. Seguros só são seguros para os capitalistas seus donos. No fim do dia, voltei à Biblioteca Pública para assistir ao lançamento do romance de Pedro Almeida Maia, “Condenação- A História de um Gangster Açoriano na América”.

 

No dia 26, de manhã, estive na minha antiga escola e, de tarde, estive a responder a um conjunto de solicitações de pessoas amigas ou de simples conhecidos e acabei de ler os contos da autoria de Eugénia Leal. Aconselho a leitura!

 

Como parar é morrer, comecei a leitura do livro “A Vida faz.se de acasos e valores”, com texto de José Hipólito dos Santos e organização da sua filha Irene Hipólito dos Santos. José Hipólito dos Santos foi um lutador antifascista e militante libertário que participou ativamente no movimento cooperativista.

 

Depois de passar a manhã a tratar de burocracias, a tarde do dia 27 foi, em parte, passada na Feira Agrícola de São Miguel, m Santana, no “stand” da Casermel.

 

27 de junho de 2028

sábado, 21 de junho de 2025

Virusaperiódico (111)

 


Virusaperiódico (111)

 

O dia 20 foi passado quase todo a preparar um texto sobre a(s) guerra(s). Sendo a guerra um crime contra a humanidade não percebo por que razão não existe a nível mundial um forte movimento de oposição à loucura de aumento dos gastos militares que se traduzirão em menos saúde, menos educação e menos qualidade de vida.

 

No dia 21 andei pela Courela, onde limpei bananeiras e bananas e arranquei algumas ervas. Pela primeira vez observei um ninho de santantoninho ou papinho (Erithacus rubecula) com dois ovos.

 

Na Ribeira Nova visitei as colmeias que me parecem estar bem e arranquei algumas ervas, sobretudo feitos (Pteridium aquilinum).

 

Fui presenteado com nabos e feijão verde. Bem-haja a quem cultiva. A terra a quem a ama!

 

No fim do dia estive a ler o livro do escritor, recentemente falecido, Carlos Matos Gomes, intitulado “Geração D”. Não só é o governo terrorista de Israel ou o grupo terrorista do Hamas que assassinam inocentes. Portugal também tem as mãos sujas.

 

A guerra continua, em nome dos interesses económicos de alguns poucos e das religiões de outros. Lembrei-me da inutilidade da ONU e das palavras ignoradas do chefe da igreja católica, o Papa Francisco que foi crítico das potências que alimentam guerras por interesses económicos. Em várias ocasiões, declarou que “há pessoas que ganham dinheiro com a morte de outros” e denunciou a “terceira guerra mundial aos pedaços” que vivemos hoje.

 

21 de junho de 2025