Virusaperiódico (115)
Comecei o dia 11 a ler uma notícia que deve orgulhar os governantes
açorianos: “Os Açore só ficam atrás da Madeira no que diz respeito a pessoas a
viver na mesma casa e com menos condições, em Portugal”. Trata-se do resultado de
um original desenvolvimento sustentável!
Fiquei a saber que a desinformação continua. A incineração (queima) de
resíduos passou a ser chamada Valorização Energética (se o fosse a empresa
teria de pagar aos fornecedores). A separação de resíduos passou a chamar-se
reciclagem. Em dois anos separar 56 toneladas é muito pouco. É vergonhoso! As
metas europeias são para “inglês” ver!
No dia 12, o corpo não deixou trabalhar pelo que me limitei a dar uma
voltinha com os cães na Rua Capitão Manuel Cordeiro, onde encontrei nas bermas
e na entrada de um pasto a erva muito amarela. Não tenho provas porque não vi
ninguém a colocar qualquer herbicida ou outro “amigo” do ambiente, mas água
benta não foi. O Pico da Pedra continua a ser uma eco freguesia, mas pouco eco.
Verifiquei que a meados de julho ainda há incensos em floração num terreno
no Pico da Pedra. Qualquer dia haverá mel de incenso todo o ano!
No dia 13, já a caminho da recuperação, voltei às leituras, primeiro de
algumas páginas do livro, de Maria das Mercês Pacheco, “Viajantes nos Açores: o
olhar estrangeiro sobre as ilhas desde o século XVI” e de dois textos
publicados num jornal, onde o redator denuncia alguns autores ou pretensos
historiadores que deturpam os factos para colocarem como opositores ativos
contra a ditadura pessoas que pouco ou nada fizeram ou que não tinham idade
para o fazer. Nesta terra pretende-se fazer heróis à força?
13 de julho de 2025
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