Einstein
“Se se provar que a relatividade está certa, os alemães vão chamar-me alemão, os suíços vão chamar-me cidadão suíço e os franceses vão chamar-me grande cientista.
Se se provar que ela está errada, os Franceses vão chamar-me suíço, os suíços são chamar-me alemão e os alemães vão chamar-me judeu.” (Albert Einstein)
Penso que não cometerei nenhum erro se escrever que a grande maioria das pessoas que sabe quem foi Albert Einstein associa o seu nome à Teoria da Relatividade ou à invenção da bomba atómica, sendo por alguns considerado o “pai” da mesma.
O físico alemão que mais tarde foi viver para os Estados Unidos da América, também é muito conhecido pela famosa fórmula E= mc2, que relaciona a massa com a energia.
O que poucos saberão é que o famoso cientista, prémio Nobel da Física, em 1921, recebeu o prémio por ter apresentado uma explicação para o efeito fotelétrico.
Em termos escolares, o efeito fotelétrico é ensinado e aprendido, hoje, no décimo ano de escolaridade e consiste na “emissão de eletrões, especialmente por metais, sob a ação da luz (radiação) ” (Dantas e Ramalho, 2007).
A tecnologia do efeito fotoelétrico tem grande aplicação, através das células fotelétricas, no funcionamento de câmaras de televisão, portas automáticas, óculos de visão noturna, alarmes, etc….
A teoria da relatividade, por seu turno, embora faça parte do programa do 12º ano de escolaridade, acaba por nunca ser lecionada já que o Ministério da Educação, não me recordo se já sob o reinado do homem que o queria implodir, decidiu que os conteúdos que deviam ser lecionados em sete segmentos de quarenta e cinco minutos passassem a ser lecionados em apenas quatro. Face a esta incompreensível redução, a opção das várias escolas tem a sido a de eliminar o último capítulo, “Física Moderna”, que inclui os seguintes subcapítulos: “Teoria da Relatividade”, “Introdução à Física Quântica” e “Núcleos Atómicos e radioatividade”.
Todos os interessados em saber um pouco mais sobre Einstein e a teoria da relatividade têm à sua disposição vários livros de divulgação, dos quais destacamos os seguintes:
- “O que é a relatividade?”, da autoria de L. Landau e de Y. Rumer , dois físicos da então União Soviética, editado pela Portugália, em 1965;
- “Subtil é o senhor: vida e pensamento de Albert Einstein”, de A. Pais, que para além de físico conviveu com Einstein, editado pela Gradiva, em 1993;
- “Einstein para principiantes”, de Joseph Schwartz e Michael Mc-Guinness, editado pelas Publicações Dom Quixote, em 1980;
- “Einstein em 90 minutos”, de John e Mary Gribbin, editado pela Editorial Inquérito, em 1997.
De igual modo recomenda-se a leitura de um número especial da National Geographic intitulado “Einstein – A teoria da relatividade, o espaço é uma questão de tempo” da responsabilidade de David Blanco Laserna, físico e escritor, que contém os seguintes cinco capítulos: “A revolução eletromagnética”; “Todo o movimento é relativo”; “As deformações do espaço-tempo”; “As escalas do mundo” e “O exílio interior”.
Uma faceta menos conhecida de Einstein é o de divulgador científico. Com efeito, para além das inúmeras palestras que dava, é coautor com Leopold Infeld do livro “A Evolução da Física”, publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1938.
Em Portugal, há várias edições desta fabulosa obra que tem como finalidade principal dar a conhecer, aos leigos, as “ideias desde os primitivos conceitos até à Relatividade e aos Quanta”. Sobre o mesmo livro, na contracapa de uma edição da “Livros do Brasil- Lisboa”, não datada, podemos ler o seguinte:
“Este clássico da divulgação científica, divulgação que os “puristas” têm vindo, ao longo do tempo, a considerar como supérflua ou, até, impossível, foi, e continua a ser, um livro básico para a compreensão – a nível do grande público, evidentemente – da física moderna e, em particular, da teoria da relatividade”.
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30537, 21 de Janeiro de 2015, p.14)
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