sábado, 30 de dezembro de 2017

Pelo Pico da Pedra


Pelo Pico da Pedra

Ontem, depois de muitos anos de ausência, devido às notícias saídas na comunicação social sobre eventuais ou reais irregularidades cometidas pela anterior Junta de Freguesia, decidi assistir à reunião ordinária da Assembleia de Freguesia do Pico da Pedra. Tal como eu, outras pessoas decidiram fazer o mesmo e não deram o seu tempo por desperdiçado.

Através das intervenções dos membros da Junta de Freguesia e do Presidente da Assembleia de Freguesia, ficamos a saber que o anterior executivo, aqui não podemos culpar apenas o seu presidente, pessoa com quem simpatizamos, cometeu um conjunto de falhas ou erros imperdoáveis para quem gere dinheiros e património que é de todos.

De entre as falhas ou irregularidades, não dizemos crimes pois caberá à justiça, se for feita, ajuizar, foi dado a conhecer que o saldo da conta de gerência não correspondia à realidade, que a contabilidade omitia e branqueava a real situação financeira, que não havia qualquer inventário do património, que existiam despesas não cabimentadas pelos orçamentos e dívidas por pagar que a atual junta não tem meios para o fazer pelo menos nos próximos tempos.

De entre as várias despesas por pagar, realço a devida a uma tipografia, a que imprimiu o boletim que foi distribuído pela freguesia em final de mandato que não foi mais do que propaganda eleitoral disfarçada.

Para além do referido, foi exposto, também, o caso de um acidente ocorrido com um trabalhador da Junta de Freguesia que não tinha seguro, ou melhor que a junta havia pago a apólice já com atraso, mas nem este pagamento chegou à seguradora. Agora, o sinistrado tem direito a uma indemnização e a Junta legalmente não o pode fazer até à conclusão do processo que vai ser reaberto.


Da reunião, fiquei com a sensação de que o atual executivo está a trabalhar bem, partilhando tudo entre os seus componentes, e que algumas pessoas com responsabilidades em executivos anteriores estão a tratar os assuntos como se fossem “virgens” em termos de participação autárquica. A título de exemplo, refiro o caso do rigor que pretendem que a atual Junta receba as rendas quando anteriormente nada ou pouco fizeram para que tal acontecesse ou quando abordam alguns assuntos como se deles não tivessem conhecimento, tentando empurrar a culpa para uma pessoa só, sabendo-se que as decisões tomadas por um Junta de Freguesia são sempre assumidas por todo o executivo.

Não pretendendo julgar ninguém, apenas quero que tudo se esclareça, para bem da população da freguesia e para que o bom nome de ninguém fique manchado. Por último, se houver culpados que a culpa não morra solteira.

Teófilo Braga

Pico da Pedra, 30 de dezembro de 2017

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