Virusaperiódico (133)
Hoje, 11 de
outubro teria sido um dia normal de trabalho na terra, na Courela e na Ribeira
Nova, se não tivesse recebido a notícia de três mortes na minha Ribeira Seca.
Comecei por
limpar bananas e bananeiras e acabei por colocar na terra estacas de alecrim e
de salva.
Numa ida a
Ponta Garça verifiquei o desleixo no tratamento de resíduos em Vila Franca do
Campo. Fiquei sem saber se o depósito dos mesmos era feito dentro do Centro de
Receção de Resíduos Verdes Urbanos (nome pomposo) ou fora dele.
Estive a
redigir um esboço de um texto sobre as primeiras eleições livres em Portugal, as
que se realizaram a 25 de Abril de 1975, depois de 48 anos de ditadura de
Salazar e Caetano.
Hoje foram a
enterrar duas pessoas da Ribeira Seca, António (Beata), peço desculpa por não saber
o seu apelido, e Augusto Mansinho, de 101 anos de idade, a idade de meu pai e
que tal como ele foi emigrante no Canadá. Também soube, no final do dia, que
havia morrido o Urbano Carvalho, três anos mais novo do que eu, que tal como o “tio”
Augusto morava na minha Rua do Jogo. Lá na rua, da minha geração só resta o Vitorino
Furtado.
Uma das
vantagens das redes sociais é ficar a saber o pensamento de algumas pessoas. Numa
altura em que muito se fala no perigo para a sociedade democrática de um
determinado partido político, com alguma surpresa (ou talvez não) tenho
verificado que autoritários, intolerantes, reacionários ou mesmo fascistas
existem em partidos (ditos) democratas, como o PPD/PSD ou o PS.
Não gostei
de ler o insulto de um dito socialista de Vila Franca do Campo a uma pessoa que
discordou da atribuição do prémio Nobel da Paz a uma venezuelana seguidora de
Trump e de Milei. Não perderei mais tempo com ele. Que seja feliz!
11 de
outubro de 2025
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