Virusaperiódico (129)
No dia 22 acabei a
primeira seleção de fotografias para o novo livro e estive presente numa
mesa-redonda/debate público organizada pelo Movimento SOS-Monte Verde,
realizado na Ribeira Grande.
Passei grande parte do
dia 23 a trabalhar sobre plantas ornamentais e li alguns textos sobre o
primeiro movimento autonomista dos Açores.
No dia 24 retomei as
minhas pesquisas na Biblioteca Pública de Ponta Delgada sobre o ano de 1975,
tendo ficado esclarecido relativamente a algumas mentiras relativamente ao
movimento separatista açoriano. Também consultei textos do 2º movimento
autonomista que era mais nacionalista e antirrepublicano.
De tarde, estive em
Vila Franca do Campo que é a minha terra natal e retomei a escrita de um texto
sobre as principais flores usadas ao longo dos tempos na nossa terra. É um
trabalho que se irá prolongar por alguns meses.
No dia de São Tufão,
estive a ler sobre os movimentos autonómicos açorianos e a tomar notas sobre alguns
acontecimentos ocorridos em 1975. Comecei a leitura do livro, de Paula Cabral,
Casa-Mãe.
A dado passo do seu
livro li “Questiono a utilidade da minha vida. Depois de tantos anos a
trabalhar para o sonho de ajudar a transformar o mundo, cansei-me.” Também me
sinto cansado, mas não desisto e sei que a Paula também não. Vou continuar a
lutar até ao fim, mesmo sabendo que cada vez está mais difícil a luta, pois a
ignorância e a trafulhice estão em maré alta..
Por vezes sinto que
ando a pregar no deserto, por vezes sinto-me só e o que me conforta são as leituras,
como a de Lanza del Vasto que escreveu o seguinte:
“As secas, as
inundações, os tremores de terra, a dor, a velhice e a morte são fatalidades
contra as quais é insensato murmurar. A História, a Economia feitas pela mão do
homem fazem-se e também se desfazem. A única coisa que as torna fatais é julgá-las
como tais. Insensatos os que a elas se resignam, em vez de trabalharem para as
mudar”.
26 de setembro de 2025
Sem comentários:
Enviar um comentário