quinta-feira, 31 de julho de 2008

Professores Contestam Avaliação

Um abaixo-assinado está a correr as escolas dos ensinos básico e secundário dos Açores, como forma de protesto dos professores em relação ao modelo de avaliação a que são sujeitos e o qual – acusam - por ser anual assume um carácter “mais punitivo do que formativo”, restringindo as suas hipóteses de progressão na carreira.

Ao que pudemos apurar, a iniciativa não partiu dos sindicatos mas sim de um grupo de docentes descontentes com o facto de serem avaliados todos os anos e não de uma forma bianual, como acontece no Continente e na Região Autónoma da Madeira.

“O modelo é punitivo porque se a prestação do professor não for boa, ele é logo castigado, sem que se dê tempo a que se detecte, acompanhe e supere as suas dificuldades”, frisa fonte contactada pela nossa reportagem. De resto,

O modelo de avaliação dos professores é uma componente do Estatuto da Carreira Docente, que prevê que um professor com boa avaliação progrida na carreira mas que, caso seja apenas regular, não progride.
Nos casos mais extremos, os professores que recebem três insuficientes, em três anos consecutivos, deixam de reunir condições para exercer a docência.

A mesma fonte sublinha que o actual modelo de avaliação docente nas ilhas “não será benéfico” para a classe. Tudo porque, em vez de incentivar o “espírito solidário e cooperativo”, acentuará a competição e a conflitualidade” no local de trabalho.

Os professores reivindicam uma periodicidade na avaliação, “no mínimo” idêntica à que existe no resto do país. Ou seja, querem ter um ano destinado à detecção de eventuais lacunas no seu modo de leccionação e um segundo para se preparem melhor e recorrer a uma formação.

Já terão sido recolhidas centenas de assinaturas por vários estabelecimentos de ensino.

Nota- Estou convencido que a "paz" acabou nas escolas e que a partir de Setembro assistiremos a uma caça à nota, ficando os alunos para segundo plano.

sábado, 26 de julho de 2008

Na Educação Nada de Novo

Tetrapi investe 13 ME na construção de escola
Regional
| 2008-07-25 17:38

Dentro de dois anos Ponta Delgada vai dispor de uma nova escola privada, com capacidade para 725 alunos, um investimento de 13 milhões de euros que os promotores esperam transformar num “projecto educativo de excelência”.
O director do Centro de Actividades Educacionais - Tetrapi, responsável pelo investimento, adiantou que o novo estabelecimento de ensino funcionará num único edifício, mas com espaços diferenciados para albergar alunos do primeiro ao décimo segundo ano.

“Só assim será legítimo perspectivar um ensino produtivo com alunos francamente motivados e convenientemente preparados para um futuro incerto”, afirmou João Câmara, que falava na assinatura de um protocolo de cooperação com a Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA).

O edifício escolar de “arquitectura inovadora”, a construir na zona da São Gonçalo num terreno com 22 mil metros quadrados, contempla salas munidas com tecnologia de ponta, laboratórios, biblioteca, ludoteca, refeitório, ginásio, auditório e vários gabinetes.

Segundo João Câmara, em média as mensalidades por aluno vão rondar os 300 euros, o que inclui refeições e actividades extra, além das aulas.

Criada em 2002, a Tetrapi presta actualmente apoio científico e pedagógico a mais de 800 alunos do ensino básico e secundário, além de promover actividades de cariz social na área da prevenção da toxicodependência, alcoolismo e tabagismo.

Para o presidente da APIA, Álvaro Dâmaso, a construção de uma nova escola constitui um “projecto credível”, que denota um “espírito empreendedor” dos promotores numa altura de grandes constrangimentos ao nível da economia.

Além desse projecto de investimento referente ao sector da Educação, Álvaro Dâmaso reafirmou que a APIA conta com uma carteira de investimentos da ordem dos 500 milhões de euros, em áreas como o ambiente, turismo, saúde e comércio.

“A APIA tenta captar investidores em áreas da economia para a qual os açorianos não têm apetência ou não querem investir”, frisou Álvaro Dâmaso, acrescentando que os investidores nacionais e estrangeiros “apreciam muito o recato e a discrição” quando se fala em intenções de negócio.

O vice-presidente do Governo açoriano, Sérgio Ávila, disse que o projecto da nova escola privada vai de encontro às prioridades estratégicas delineadas pelo Executivo regional, que passam pela aposta na qualificação da população.

Sérgio Ávila adiantou que o novo estabelecimento de ensino, que vai empregar cerca de 60 pessoas, irá potenciar um volume de negócios na ordem dos 4,2 milhões de euros em 2013.

(extraído do Jornal Açoriano Oriental)

PS- O que trás de novo esta escola? Menos apoio à Escola Pública.