domingo, 30 de outubro de 2022

O que observar no passeio pedestre “Margens da Lagoa das Furnas e Mata Jardim José do Canto”?


O que observar no passeio pedestre “Margens da Lagoa das Furnas e Mata Jardim José do Canto”?

Nas margens da Lagoa das Furnas, ao longo do caminho que a circunda é possivel observar várias espécies da flora nativa e introduzida, nos Açores, sendo predominante a presença de criptomérias (Cryptomeria japonica) e incensos (Pittosporum undulatum).

Próximo da linha de água encontram-se amieiros (Alnus glutinosa). Num recanto noroeste da Lagoa das Furnas é possivel encontrar um núcleo de ciprestes-dos-pântanos (Taxodium distichum), mais adiante uma araucaria (Araucaria heterophylla) com 50 m de altura e próximo da entrada para a Lagoa Seca estão presentes alguns eucaliptos da espécie Eucalyptus robusta.

Na Mata-Jardim José do Canto, entre outras espécies, destacamos, para além da sequoia monumental (Sequoia sempervirens), o tulipeiro-arbóreo (Liriodendron tulipifera), a azinheira (Quercus rotundifolia), o ginco (Ginkgo biloba), o ácer ou sicómoro (Acer pseudoplatanus), o castanheiro-da-índia ( Aexulus hippocastanum e Aesculus x carnea), o podocarpo (Afrocarpus falcatus e Podocarpus macrophyllus), a faia (Fagus sylvatica), a árvore dos mimos (Halleria lucida), o nogão (Juglans nigra), a nogueira (Juglans regia), o liquidambar (Liquidambar styracifflua), a nogueira-do-caucaso (Pterocarya fraxinifolia), o carvalho-aquático (Quercus nigra), o carvalho-brasileiro (Roupala brasiliensis) e o feto-craca (Angiopteris evecta).

De entre as espécies da avifauna que podem ser observadas realçam-se-se, entre outras, as seguintes: tentilhão (Fringilla coelebs moreletti), estrelinha (Regulus regulus azoricus), Pombo-torcaz (Columba palumbus azorica), alvéola (Motacilla cinerea patriciae), pato-real (Anas platyrhynchos), garça-real (Ardea cinerea) e garça-branca-pequena (Egretta garzeta). No passado, era possível encontrar o priolo (Pyrrula murina), ave endémica dos Açores, que ocorre apenas numa pequena área nos concelhos do Nordeste e da Povoação.

T. Braga

Bibliografia

Constância, J., Braga, T., Nunes, J., Machado, E., Silva, L. (2008). Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel. Ponta Delgada: Amigos dos Açores. 157 pp.

Quintal, R., Braga, T. (2021). Árvores dos Açores - Ilha de São Miguel. Letras Lavadas , edições, Ponta Delgada. 240 pp.

domingo, 16 de outubro de 2022

MEMÓRIA HISTÓRICA A PRESERVAR

MEMÓRIA HISTÓRICA A PRESERVAR

A denominada esquerda revolucionária, que desempenhou em Portugal um papel importante nos anos de 1960-70, constituiu um fenómeno comum a nível global, designadamente na Europa e na América Latina, fruto do dissídio sino-soviético, da experiência cubana, da Revolução Cultural Chinesa, da rebelião planetária da juventude em 1968 e da crescente afirmação do Terceiro Mundo.

Em Portugal, essa dinâmica internacional cruzou-se com a eternização da guerra colonial e do regime de Salazar-Caetano. A sua expressão plural em cerca de duas dezenas de grupos e movimentos foi particularmente intensa na denúncia do colonialismo e na oposição à guerra colonial, sendo incontestável o seu contributo, nos últimos anos do regime da ditadura, para erosão da ditadura, na solidariedade com os movimentos de libertação das colónias.

Com o 25 de Abril, cujo cinquentenário se comemora em breve, contribuiu para o fim da guerra colonial e para o subsequente processo de descolonização. No processo revolucionário que se seguiu, a sua presença foi incontornável nas movimentações de massas, nas fábricas, nos bairros e quartéis e na paisagem política. Coube à esquerda revolucionária portuguesa a única representação parlamentar no quadro da Europa capitalista. Mesmo encerrado o processo revolucionário de 1974-75 1974-74, nos anos subsequentes, a sua presença manteve-se, só vindo a declinar após a queda do Muro de Berlim.

Os historiadores e outros cientistas sociais necessitam de documentos para poder estudar o passado. Nos arquivos nacionais encontra-se atualmente apenas uma pequena parte do património documental destes partidos e movimentos, que, em benefício da memória colectiva futura, é preciso preservar.

Apelamos aos particulares, antigos dirigentes e militantes que disponham ainda de documentação dessas organizações a que pertenceram que a depositem ou doem ao Centro de Documentação 25 de Abril, instituição pública idónea, prestigiada e com provas dadas na salvaguarda dos materiais de memória, para que sejam disponibilizados à consulta pela comunidade científica e por todos os interessados, evitando assim que se perca tão frágil acervo nas imprevisíveis circunstâncias do desenrolar do tempo.

Este é o apelo que fazemos, enquanto estudiosos dos temas da esquerda revolucionária, antigos dirigentes e militantes de organizações dessa área política.

SUBSCRITORES
Albérico Afonso Costa
Alcídio Torres
Amélia Resende
Ana Barradas
Ana Gomes
Ana Sofia Ferreira
António Louçã
Carlos Marques
Carlos Maurício
Constantino Piçarra
Domicília Costa
Fernando Rosas
João Madeira
José Alves
José Manuel Lopes Cordeiro
José Neves
Hugo Castro
Manuela Tavares
Manuel Monteiro
Manuel Raposo
Manuel Rodrigues
Marcelo Novello
Mário Tomé
Miguel Cardina
Miguel Perez
Pamela Cabreira
Pedro Caldeira Rodrigues
Ricardo Andrade
Ricardo Cabral Fernandes
Rui Bebiano
Rui Jacinto
Saul Nunes
Teófilo Braga
Virgínia Baptista

A crise do sindicalismo de professores nos Açores

A crise do sindicalismo de professores nos Açores

Os professores dos Açores, com exceção de muito poucos que mantêm o seu vínculo a estruturas nacionais, estão organizados em dois sindicatos, o SPRA-Sindicatos dos Professores da Região Autónoma dos Açores, filiado na FENPROF e o SDPA- Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, filiado na FNE.

O SPRA, que surgiu após a implantação da democracia com o 25 de Abril de 1974, sempre esteve mais próximo do partido socialista e dos seus governos, como prova a troca da presidência da Direção do Sindicato pelo cargo de deputado regional eleito pelo Partido Socialista do seu carismático ex- presidente Francisco de Sousa.

Por sua vez, o SDPA, que só foi fundado em 1989 por iniciativa de pessoas ligadas aos TSD-Trabalhadores Sociais-Democratas, embora tenha procurado manter a sua independência, ao longo dos tempos, está, pelo menos em termos de pessoas que têm ocupado os órgãos sociais, mais próximo do Partido Social Democrata. Os exemplos mais gritantes são o do antepenúltimo presidente que hoje é vice-presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, eleito em lista do Partido Social Democrata, e o da penúltima presidente que é deputada europeia, eleita em lista da coligação PSD/CDS-PP.

Para o bem e para o mal, até 2007, os professores dos Açores possuíam o mesmo Estatuto da Carreira Docente que os seus colegas do continente português, o que os beneficiavam, em termos das lutas que travaram em defesa de uma carreira docente digna e por melhores condições de trabalho, pois a sua capacidade de mobilização sempre ficou aquém da que existia a nível nacional.

A situação alterou-se quando, a 30 de agosto de 2007, foi publicado o Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, iniciativa peregrina do governo socialista que contou com o apoio do SPRA, alegando que era possível os professores dos Açores terem uma melhor carreira do que os restantes.

Se não houve melhorias significativas para os professores a trabalhar nos Açores, o estatuto regional só veio lançar a confusão e a fomentar a apatia, o desinteresse e a desmobilização, de tal modo que hoje não sei se existirá algum delegado sindical eleito diretamente pelos professores, em assembleias de escola.

Sem participação digna de registo, sem qualquer discussão nas escolas, o “magnífico” Estatuto Regional da Carreira Docente foi alterado recentemente com a publicação, a 17 de dezembro de 2015, no Diário da República, do Decreto Legislativo Regional n.º 25/2015/A que altera o Estatuto do Pessoal Docente da Educação Pré -Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário na Região Autónoma dos Açores, introduzindo alterações na estrutura, duração global e escalões com vista a manter a paridade entre a carreira docente nacional e a regional.

Dentro ou fora dos sindicatos, os professores não podem baixar os braços. A desmobilização e o desinteresse pela coisa pública, que é fomentada pelos detentores do poder político e económico para poderem reinar a seu bel-prazer, não podem continuar.

A alteração da situação atual, o combate às investidas dos sucessivos ministérios e secretarias regionais e a luta por um ensino público de qualidade poderá passar pela criação de pequenos núcleos de professores, nas escolas, e/ou formação de grupos de discussão nas redes sociais, blogues ou páginas web.

Janeiro de 2015

(Enviado para uma publicação de professores a pedido dos responsáveis e não publicado sem qualquer justificação)

Teófilo Braga

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Alice Moderno e Maria Evelina de Sousa- Cronologia da sua intervenção em defesa dos Animais

Alice Moderno e Maria Evelina de Sousa- Cronologia da sua intervenção em defesa dos Animais
“Caridade não é apenas a que se exerce de homem para homem: é a que abrange todos os seres da Criação, visto que a sua qualidade de inferiores não lhes tira o direito aos mesmos sentimentos de piedade e de justiça que prodigalizamos aos nossos semelhantes” (Alice Moderno)

26 de novembro de 1908- por iniciativa de Alice Moderno realizou-se uma reunião que também contou com a participação de representantes do Diário dos Açores e de Maria Evelina de Sousa, da Revista Pedagógica. Foi decidido elaborar os estatutos da futura Sociedade Micaelense Protetora dos Animais.

15 de agosto de 1910- João Anglin, no jornal “Vida Nova” publicou um texto a apelar à criação de uma associação de proteção dos animais. Alice Moderno transcreveu o texto no seu jornal “A Folha”.

6 de outubro de 1910- Maria Evelina de Sousa na Revista Pedagógica anuncia que já havia encetado alguns trabalhos, mas havia suspendido por falta de coadjuvação da parte dos restantes membros da comissão que iria criar a associação.

27 de abril de 1911- Maria Evelina de Sousa anuncia a criação em breve da SMPA, cujos estatutos foram redigidos por ela, tendo como modelo os da Sociedade Protectora dos Animais de Lisboa. “O Sr. Henrique Xavier de Sousa, que é um calígrafo muito hábil” ficou incumbido “de os copiar em conformidade com a lei”.

13 de setembro de 1911- Foi legalizada a SMPA. Foram seus fundadores: Caetano Moniz de Vasconcelos (governador civil), Alfredo da Câmara (diretor de O Repórter), Amâncio Rocha, Augusto da Silva Moreira, Fernando de Alcântara, Francisco Soares Silva (director do jornal anarquista Vida Nova), José Inácio de Sousa, Joviano Lopes, Manuel Botelho de Sousa, Manuel Resende Carreiro, Marquês de Jácome Correia, Miguel de Sousa Alvim, Alice Moderno e Maria Evelina de Sousa.

14 de novembro de 1912 - a Revista Pedagógica publicou um texto onde o seu autor dá a conhecer que a SMPA já estava a cobrar as quotas dos seus associados e que a sede da mesma continuava a ser nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada até à sua passagem para a rua da Fonte Velha (casa de Alice Moderno?).

28 de novembro de 1912- Em reunião da SMPA foi decidido oficiar à Câmara Municipal de Ponta Delgada “a regulamentação das carroças puxadas por carneiros” e “oficiar à corporação competente para que seja modificada a rampa no início da rua dos Mercadores, rampa que é um verdadeiro tormento para os pobres animais”.

29 de junho de 1913- noticia que, após diligências efetuadas pela SMPA, a Câmara Municipal de Ponta Delgada decidiu criar “uma nova postura proibindo que carneiros e animais congéneres sejam considerados como de tiro”.

1914- Alice Moderno é eleita presidente e sob a sua presidência a vida da SMPA alterou-se por completo, tanto no que diz respeito à tomada de medidas conducentes a acabar com os maus tratos que eram alvo os animais usados no transporte de cargas diversas, nomeadamente os que transportavam beterraba para a fábrica do açúcar, à educação dos mais novos através do envio de uma comunicação aos professores “pedindo-lhes para que, mensalmente, façam uma prelecção aos seus alunos, incutindo no espírito dos mesmos a bondade para com os animais, que não é mais do que um coeficiente da bondade universal”e à criação de condições para o seu funcionamento, como foi a aquisição de uma sede e mobiliário.

25 de março de 1914- reunião da direção da SMPA no palácio do Governo Civil com a presença do Marquês de Jácome Correia, presidente da Assembleia Geral, com o chefe do distrito, Dr. João Francisco de Sousa, que deu a conhecer “O projeto do Regulamento Policial, cuja introdução foi da autoria de Alice Moderno, que definirá os direitos dos sócios e os deveres dos agentes da autoridade”.

1 de abril de 1914- Foi inaugurada a sede da SMPA na Rua Pedro Homem nº 15.

5 de novembro de 1914- em reunião de direção da SMPA foi deliberado elevar o Marquês de Jácome Correia, à categoria de sócio protetor, pelo facto de haver concedido à Associação o subsídio anual de cem escudos”.

De 1914 a 1931 - a SMPA passou por um período de inatividade.

7 de julho de 1931- reunião da Comissão Reorganizadora da SMPA composta pelo Dr. Aires Tavares da Silva, Alice Moderno, Gil Afonso Andrade Botelho, Dr. José Jacinto Pereira da Câmara, Dr. Manuel da Silva Carreiro, Maria Evelina de Sousa, Marquês de Jácome Correia e Dr. Victor Machado Faria e Maia com o objetivo de eleger uma nova direção e estudar os meios a usar para intensificar a proteção aos animais. Foi prestada homenagem aos sócios instaladores, em especial a Alice Moderno.

23 de abril de 1933- reuniu, na casa de Alice Moderno, a direção da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais para manifestar ao governo a sua oposição aos touros de morte. Foi também decidido solicitar à Junta Geral de Ponta Delgada, a cedência de uma dependência do Posto Zootécnico desta cidade em que pudessem ser alojados o mobiliário da Sociedade e respetivo arquivo, e também do local onde pudesse ser instalado o Posto Zootécnico”.

25 de agosto de 1934 - o Correio dos Açores regista “a justíssima homenagem prestada à sra. D. Alice Moderno” por parte da Direção da Sociedade Protetora dos Animais, de Lisboa, ao conferir-lhe a medalha de prata daquela instituição. Tal facto deveu-se “não só à sua exemplaríssima dedicação pelos animais, mas também pela propaganda jornalística” a favor da causa zoófila.

1941- Segundo o “Correio dos Açores” de 8 de março, com a devida autorização da Junta Geral e a solicitação da SMPA, o Posto Zootécnico de Ponta Delgada, passou a receber todos os animais feridos ou doentes encontrados na via pública que podiam ser entregues a qualquer hora do dia, pois no mesmo pernoitava um guarda.

14 de maio de 1941- o Correio dos Açores, noticia a abertura para breve de um Posto Veterinário que passaria a funcionar no Posto Zootécnico, dirigido pelo Dr. Vitor Machado Faria e Maia. A SMPA colaborou com o referido posto através da oferta de medicamentos e da cedência de algum mobiliário e subsidiava “monetariamente alguns animais abandonados, que tem sido necessário hospitalizar e a que é preciso fornecer alimento, enquanto não se lhes dá destino adequado”.

24 de janeiro de 1945- A direção da SMPA encontrava-se a “reunir fundos suficientes para a construção de um Hospital Veterinário, e das quotas pagas pelos sócios fornecia os medicamentos solicitados pelo Dr. Vitor Faria e Maia para colmatar as necessidades do Posto Veterinário, para além de subsidiar o enfermeiro-veterinário em serviço no Posto,

Agosto de 1945- ter-se-á realizado a última reunião assistida por Alice Moderno, onde foi debatido o problema que preocupou a sociedade desde o início, o peso excessivo da carga que os animais eram obrigados a suportar.

31 de janeiro de 1946- No seu testamento Alice Moderno deixa alguns bens à Junta Geral Autónoma do Distrito de Ponta Delgada com a condição desta, no prazo de dois anos, criar um hospital para animais.

Janeiro de 1948- Começou a funcionar no canto norte da rua coronel Chaves um hospital que mais parecia um canil. O intendente de pecuária, Dr. Vitor Machado de Fraia e Maia não o considerou digno de ser inaugurado.

Mais tarde, em data que não conseguimos apurar, foi construído um Hospital Veterinário na Estação Agrária, em São Gonçalo.

Para além da sua imprescindível contribuição para a SMPA, onde foi presidente de 1914 a 1946 (32 anos), Alice Moderno escreveu sobre a causa animal nos mais diversos órgãos da Comunicação Social, com destaque para o seu jornal “A Folha” (1902-1917), a “Revista Pedagógica” (1906-1916) de Maria Evelina de Sousa e o Correio dos Açores, onde manteve a rubrica “Notas Zoófilas” entre 19 de março de 1939 e 25 de fevereiro de 1944, tendo publicado 42 textos.

Teófilo Braga
7 de outubro de 2022

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

QUEM QUER APAGAR O LEGADO DE ALICE MODERNO?

QUEM QUER APAGAR O LEGADO DE ALICE MODERNO?

(Pela reposição da placa existente no antigo Hospital Veterinário Alice Moderno)

Alice Moderno deixou grande parte dos seus bens à Junta Geral na condição de esta no prazo de um ano construir um hospital veterinário.

Apesar de alguns atropelos, o mesmo foi contruído onde hoje se localizam os Serviços de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, em Ponta Delgada, e do edifício constava uma placa que recordava a benemérita, amiga dos animais e pioneira da defesa do património natural dos Açores, Alice Moderno.

Durante muitos anos apesar de o edifício já não ter as funções para que foi criado nele funcionou um consultório veterinário que mais recentemente foi substituído por um Centro de Reabilitação de Aves Selvagens.

Com a criação deste centro, os responsáveis entenderam, do nosso ponto de vista mal, retirar a placa inicial, que homenageava Alice Moderno.

Depois de vendido e retirado o seu nome do jazigo que mandou construir no Cemitério de São Joaquim, a retirada da placa no hospital que ostentava o seu nome parece ser um indício da intenção de apagar o nome de Alice Moderno da História dos Açores

O Coletivo Alice Moderno, que pretende dar continuidade aos estudos sobre a vida e a obra de Alice Moderno e Maria Evelina de Sousa, dando-os a conhecer à sociedade através dos diversos meios ao seu dispor, considera que deverá ser reposta a placa no antigo hospital Alice Moderno e homenageando e tendo por base o trabalho por ela já iniciado propõe-se refletir para apresentar propostas no que respeita às mais diversas componentes da vida social, nomeadamente na relação da sociedade com o ambiente e no modo como a mesma trata os animais.

Dia do Animal, 4 de outubro de 2022

Coletivo Alice Moderno
(Anexo- imagens do edifício com e sem a placa (letras a vermelho) em que Alice Moderno era homenageada)