domingo, 30 de novembro de 2008

Professores da Escola Secundária Manuel de Arriaga subscrevem abaixo-assinado

Os professores da Escola Secundária Manuel de Arriaga subscreveram um abaixo-assinado, dirigido à Secretária Regional da Educação e Formação, a exigir a suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho dos professores e educadores, e a revogação do Estatuto da Carreira Docente. A referida acção contou com a participação massiva dos docentes em funções no estabelecimento de ensino - o correspondente a 80%, o que revela um profundo desacordo face a uma série de medidas impostas pela tutela que agravam a situação profissional dos professores.

sábado, 29 de novembro de 2008

Executivo da Antero de Quental admite suspensão da avaliação

A Escola Antero de Quental volta a abrir-se à comunidade exibindo uma exposição sobre brinquedos, em parceria com o Museu Carlos Machado. Porque é que surgiu esta ideia?
Resulta de um protocolo entre a Escola e o Museu e é a primeira vez que esta instituição expõe a sua colecção de brinquedos numa escola. Acresce que esta exposição insere-se numa das vertentes que a escola deve promover, neste caso a cultura.
Porquê o brinquedo?
Porque faz parte da nossa vivência e do nosso crescimento. Todos nós guardamos uma imagem de um brinquedo favorito, da importância que ele teve num determinado momento ou do seu carácter lúdico. O que nós queremos é transmitir aos alunos, e a quem nos visitar, a ideia de que temos memória e sabemos preservá-la num contexto muito especial que é o das instalações onde estamos: um palácio com um enorme valor patrimonial que tem vindo a merecer um restauro cuidado.
Como é que foi desenvolvida e equacionada a exposição?
Foi uma iniciativa do departamento de artes, nomeadamente através do Professor José Manuel Cruz. Os alunos ajudaram na concepção de todo o material promocional da exposição e a assessoria técnica é do próprio Museu.
A Escola Antero de Quental tem tido dias difíceis, com as obras. Como é que tem sido o dia a dia desta comunidade escolar, ampliada este ano com mais 300 alunos?
Cada dia esperamos que as coisas melhorem e penso que têm melhorado. Gostaria de deixar aqui uma palavra para toda a comunidade escolar, em especial docentes e pessoal auxiliar, que têm manifestado uma compreensão enorme face a este processo.
Como é que tem corrido o processo de avaliação de professores?
Há uma tendência para as pessoas pedirem a suspensão do processo de avaliação. Mas ao nível dos órgãos superiores da escola ainda não há uma decisão formal.Pessoalmente, acho que o processo tem coisas boas, que podem ser aproveitadas. Admito que haja aspectos que tenham que ser adequados à realidade escola. A avaliação é essencial numa sociedade organizada.
Isso quer dizer que a avaliação na Antero de Quental vai ser levada até ao fim?
Há uma tendência natural para pedir a suspensão por parte dos docentes que ainda não envolveu 50% dos departamentos, mas os órgãos da escola ainda não a decidiram. Julgo que o trabalho que temos pela frente é agilizar procedimentos e ver o que é que será possível concretizar até ao fim do ano. O Estatuto da carreira Docente é um documento muito denso que tem muitos aspectos positivos e sugere muitas soluções.
Os problemas surgem é na aplicação da grelha, porque avaliação sempre existiu.
Quando há exames nacionais, os docentes são confrontados com os resultados dos alunos e depois analisados pelos conselhos pedagógicos e pelos departamentos. Portanto há avaliação.
Com que regularidade?
Com alguma regularidade, embora não o façamos tantas vezes porque as exigências da escola são muitas. O nosso objectivo nas escolas é promover o ensino e a aprendizagem. É isso também que o legislador exige.
Não sente que muitas vezes está a trabalhar para as estatísticas?
Isso não é totalmente verdade. Os conselhos de turma têm muita autonomia e a Direcção regional não se intromete aí. Não há directiva nenhuma que imponha esta ou aquela avaliação.
A escola que dirige está sempre envolvida em questões de segurança e de toxicodependência. Adoptaram medidas concretas para lutar contra isso. Que resultados obtiveram?
Hoje a escola é mais segura. Está tudo mais controlado.Há males que vêm por bem e o último ano de vida, em função dos condicionalismos a que nos vimos obrigados, também fomos forçados a andar mais pela escola e a condicionar mais o acesso a determinados lugares.
Penso que aquilo que é um constrangimento acabou por dar outros frutos, melhorando as condições de segurança.
Mas continua a haver problemas e a polícia vai com alguma regularidade à escola?
Só quando há algum aluno envolvido em situações de tráfico. A acção da polícia deixe-me dizer tem sido discreta mas eficaz e muito valiosa. A escola está definitivamente mais segura. ||

Grelha de avaliação em causa

Os prazos e a ambição das grelhas são o “calcanhar de Aquiles” da avaliação a que os professores estão a ser sujeitos este ano lectivo, pela primeira vez.
Em causa estão os artigos 72 e 92 do diploma da avaliação. O primeiro prevê que a entrega das avaliações seja feita em Julho, quando há maior sobrecarga de trabalho com exames e matrículas. No caso do artigo 92º a “excessiva ambição” nos critérios da grelha de avaliação, quando por exemplo, se prevê a “necessidade do docente elaborar e executar, de forma sustentada e generalizada procedimentos de avaliação congruentes com as normas definidas”, ou seja, um trabalho de investigação aturado, pode prejudicar uma avaliação correcta que apenas prevê o medíocre ou o muito bom.
Algumas escolas admitem a suspensão do processo.
Outras estudam a possibilidade de implementação de alguns aspectos, “apenas os mais urgentes”, que no limite pode significar a avaliação de contratados e dos quadros de zona pedagógica.||

SPRAfaz exigências

O Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) fez ontem um alerta à nova secretária regional da Educação e Formação, afirmando que “não pode partir do pressuposto de que tudo está bem na Região, ao nível da Educação, só por existir um Estatuto diferente do que está em vigor no continente”.
Assim, o sindicato exige “o fim dos horários de trabalho pedagogicamente inadequados”, “dos condicionalismos que cerceiam os direitos de protecção na doença do docente”, e da desconsideração de “parte do tempo de serviço prestado pelos docentes contratados”.
O SPRA considera também ser urgente a reconsideração do sistema de avaliação dos docentes, “que não pode ser assumido como um instrumento da administração educativa para fins de gestão financeira”, mas sim como “um processo regulador da actividade docente, visando, em primeira instância, a melhoria do seu desempenho, a fim de garantir a qualidade de educação”. ||JC
Carmo Rodeia, Açoriano Oriental

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Protesto de professores

Os professores da Escola Básica e Integrada Roberto Ivens assinaram um abaixo-assinado, dirigido a Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, a exigir a suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho dos professores e educadores, e a revogação do Estatuto da Carreira Docente.
O referido abaixo-assinado contou com a participação em massa de todos os docentes ao serviço da escola. Foram enviadas cópias do documento ao presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, secretária regional da Educação e Formação e a todos os grupos parlamentares. ||
LPS (Açoriano Oriental, 27 de Novembro de 2008)

Para uma educação livre ou ministeriada?

Prometeu agrilhoado é uma imagem terrífica e espantosa para permanecer solidamente à entrada de uma Universidade. Trata-se da escultura que supervisiona o campus da U. do Minho, mas poderia estar em qualquer outro centro de ensino.

Mensagem insidiosa? Metáfora escultural da velha palmatória? Bicada-Punição ministerial? O que pode pensar o aluno do (deste) sistema de educação? A escola e a universidade estão pensadas hoje em dia para que o aluno se liberte do pesadelo prometeico?

Os professores do ensino básico e secundário enfrentam actualmente não o pesadelo, mas a realidade política de uma mentalidade preocupada não com o ensino, os alunos, as escolas, os professores, mas com os números, as estatísticas, os índices, a produtividade. Esta visão mercantilista da educação dificilmente pode ter como finalidade estimular a criatividade, a independência, a capacidade crítica e o desenvolvimento global dos alunos. Fazer da escola um comércio passa por cima da possibilidade de imaginar sujeitos livres, cidadãos autónomos, conscientes socialmente e capazes de ver além do estreito funil de tornar cada aluno um mero grão na engrenagem de um sistema de produção em série.

Perante a política educativa das últimas décadas que argumentos temos à vista para refutar que, na sua essência, ela está orientada de tal modo que à medida que o aluno avança do básico à universidade ele passa a ser uma mera mercadoria?

E, suprema ironia deste sistema de educação, à vista estão os factos: quantos alunos que cumpriram o seu percurso escolar vieram parar à linha de caixas do Jumbo? Ao call-center da PT? Ao fato-de-treino da Ikea? Aos subúrbios de Londres ou ao aeroporto de Barcelona? Ou, simplesmente, ao desemprego com canudo. E quem poderá avaliar esta concepção ministerial falhada da Educação?

Além das reivindicações conjunturais e da luta unida dos professores contra as decisões do governo actual, não devemos – professores, alunos, pais, cidadãos – reflectir sobre a orientação geral do sistema educativo? Se os professores não querem uma ministra a vigiar e punir o seu desempenho quotidiano, pode um aluno continuar com um prometeu agrilhoado no seu imaginário?


Debate - Para uma educação livre ou ministeriada?

Domingo, 30 de Novembro, 17h30

Convidados: António Magalhães (professor universitário/Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U. do Porto)

António José Silva (professor do ensino secundário e autor do blogue Pimenta Negra)

Gato Vadio, rua do Rosário 281

Porto


Nota: o texto é apenas um ponto de vista para estimular a reflexão e vincula apenas os Vadios…

http://gatovadiolivraria.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CADEP

O CADEP- Colectivo Açoriano para a Defesa da Escola Pública é um movimento de professores que tem como principais fins a defesa de uma escola pública democrática, de qualidade e de sucesso e a dignidade da profissão docente.

O CADEP não pretende substituir as organizações já existentes, sejam elas de carácter cívico, sindical ou partidário. Pelo contrário, é seu objectivo promover a união de todos os que estejam disponíveis para a defesa da Escola Pública e da qualidade do ensino.

Em profundo desacordo com o ECDRAA- Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, publicado no Diário da República no dia 30 de Agosto de 2007, o qual agravou a situação profissional de todos os docentes, prolongando a sua carreira, introduzindo um regime de faltas atentatório dos direitos de todos os trabalhadores e um inaceitável sistema de avaliação, o CADEP elege como tarefas imediatas a luta:

- pela revogação do Estatuto da Carreira Docente nos Açores (ECDRAA), publicado pelo Decreto Legislativo Regional nº 21/2007/A, de 30 de Agosto.

- em defesa de um sistema de avaliação formativo e participativo que valorize o efectivo desempenho dos docentes e pela imediata suspensão do modelo actual.

Teófilo Braga, Escola Secundária das Laranjeiras
Lúcia Ventura, Escola Secundária de Lagoa
Victor Medina, Escola Básica Integrada dos Biscoitos
Luís Filipe Fernandes Bettencourt, Escola Secundária Vitorino Nemésio
João Pacheco, Escola Básica Integrada da Ribeira Grande
Filipe Sancho, Escola Básica Integrada da Praia da Vitória
Rui Soares Alcântara, Escola Secundária de Ribeira Grande
Pedro Pacheco, Escola Secundária Antero de Quental
Mário Furtado, Escola Secundária Manuel de Arriaga
Célia Figueiredo, Escola Secundária das Laranjeiras
Helena Primo, Escola Básica Integrada Canto da Maia

domingo, 23 de novembro de 2008

sábado, 22 de novembro de 2008

O SPRA e a Manifestação

Armando Dutra, Presidente do SPRA em declarações ao Correio dos Açores, no dia 15 de Novembro afirmou que "é prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores açorianos"

Manuel Francisco, conhecido sindicalista do SPRA disse no passado dia 19, na Escola Secundária da Ribeira Grande, que não havia razão para haver manifestação e que o Sindicáto Democrático queria era aparecer.

Mais do que guerra entre sindicatos, o que está em causa é a nossa carreira e devemos ser nós professores com a ajuda dos sindicatos que nos quiserem apoiar a exigir a revogação do Estatuto da Carreira Docente dos Açores e a suspensão da avaliação.

21 de Novembro- Manifestação de Professores


Os professores açorianos manifestaram-se contra o modelo de avaliação que está a ser implementado na Região, tendo organizado uma manifestação com cerca de trezentos docentes em frente à Igreja Matriz de Ponta Delgada.
O encontro dos professores ocorreu ontem à noite, a partir das 21h00, sendo convocado através de mensagens telefónicas entre os docentes e recebeu o apoio dos sindicatos de professores da Região.
Armando Dutra, presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, sublinhou que os professores consideram que o modelo de avaliação “não corresponde aos interesses dos docentes e da escola pública”.
O sindicato dos professores defende que a observação das aulas apenas deverá acontecer “quando existir indícios de más práticas pedagógicas”. Fernando Fernandes, presidente do Sindicato Democrático dos Professores, também criticou o modelo de desempenho nos Açores, “porque é modelo de avaliação anual, com maior pressão sobre os professores”. O sindicalista adverte que os professores “vão continuar a lutar por um melhor modelo de avaliação”, defendendo a suspensão do actual modelo de avaliação para “reflectir e avançar-se para um bom modelo de avaliação”.
Sá Couto, presidente da comissão de avaliação dos professores, comentou que as avaliações “devem ser efectuadas por equipas técnicas de avaliação, enquanto o actual modelo defende uma avaliação inter-pares”, concluiu. ||
LPS
(Açoriano Oriental, 22 de Novembro de 2008)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Na Escola Domingos Rebelo assinaturas contra avaliação

Mais de 90 por cento dos professores da Escola Secundária Domingos Rebelo, em Ponta Delgada, subscreveram de acordo com um comunicado, um abaixo assinado, manifestando o seu desacordo com o Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores (ECDRAA), nomeadamente com o modelo de avaliação dele decorrente. "Não questionando a avaliação de desempenho, como instrumento que também concorre para a valorização das suas práticas docentes", os signatários exigem a revogação do ECDRAA e a suspensão imediata do modelo de avaliação "até ao estabelecimento de outro normativo que tenha carácter formativo e valorize a componente lectiva". A avaliação foi ontem reavaliada no Continente e nos Açores, sendo um diploma distinto, prevê-se que o assunto seja brevemente debatido com a nova tutela.||
OG
(Açoriano oriental, 21 de Novembro de 2008)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Continuar a luta

Gostei da prestação de Graça Menezes, do SPRA, no programa televisivo estação de serviço. Sobretudo apreciei o facto de ela estar em contradição com algumas recentes afirmações do presidente do seu sindicato.

Entretanto, nas escolas os professores exigem a Revogação do Estatuto e um novo sistema de avaliação.

Para além da Secundária das Laranjeiras, tomamos conhecimento que na Escola Secundária de Lagoa está a circular um abaixo-assinado que já conta com a adesão da maioria dos professores.

Na Escola Básica Integrada Canto da Maia, os professores também já andam a recolher assinaturas.

Pena é que alguns delegados sindicais andem distraídos...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Manifestação 21 de Novembro


Correio dos Açores, 19 de Novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Carta ao Presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores

16-11-2008


Exmo. Sr. Presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores

(Com conhecimento a professores associados e não associados)



Foi com profundo espanto e a maior indignação que li uma transcrição do
"Diário Insular" de 14 Nov 08, em que se citam como afirmações suas "é
prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no
início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores
açorianos" e "Vamos aguardar para ver como o processo vai decorrer para
depois tomar uma posição"!

Será que tem consciência do que significa o que vem acima exposto, quer
quanto à lógica interna do discurso, quer quanto à irresponsabilidade
que o mesmo contém?

Então este processo que "ainda está no início" não tem já repercussões
na carreira dos docentes? Vossa Excia. é cego e surdo ao que se passa
em todas as escolas dos Açores, provavelmente sem qualquer excepção, em
consequência directamente da fraude e da violência perpetradas pela
SREC/ME? Acha que não há professores com assaz dignidade científica,
com assaz ética e deontologia profissionais, para não verem em sério
risco, não só a carreira, não só a vida profissional, mas também a
esperança de cidadania e respeito por si e pelos outros?

Então Vossa Excia., Presidente de um Sindicato de Professores, tem
tanta dificuldade assim de leitura e de interpretação que tem de ver
para crer nas consequências da instauração da aberrante, intimidatória
e fraudulenta "avaliação docente" que ostensiva e despudoradamente
teimam a administração regional e nacional em fazer aplicar?

Peço explicações a Vossa Excia. quanto à exactidão dessas afirmações.



Grato pela melhor atenção,


Pedro Albergaria Leite Pacheco

(Sócio do Sindicato dos Professores da Região Açores)

PS- Vamos pressionar os nossos sindicatos para uma a implementação de formas de luta contra o actual Estatuto da Carreira Docente / Sistema de Avaliação. Caso aqueles não estejam disponíveis, sejamos nós professores de todos os sindicatos ou não sindicalizados a manifestar a nossa discordância.

Espero que as afirmações atribuidas ao Presidente do SPRA não passem de uma deturpação do jornalista, caso contrário o que Armando Dutra deveria fazer era regressar à escola...

Teófilo Braga ( membro do SDPA, mas que pensa pela sua cabeça)

APELO AOS PAIS E ENCARREGADOS DA EDUCAÇÃO

Caros pais e encarregados de educação,

É chegada a hora de caminharmos juntos em defesa da Escola Pública e da qualidade do ensino, pelo futuro dos nossos filhos e por uma escola de todos e para todos.

Queremos uma Escola de sucesso, mas um sucesso ao serviço da sociedade e da cidadania, não um sucesso meramente estatístico, que é um logro e uma ameaça ao desenvolvimento futuro do nosso país. Muito mais do que certificar, queremos qualificar e formar!

Para isso é necessário que os professores se sintam motivados, valorizados, e tenham as condições necessárias para desenvolver o seu trabalho junto dos alunos. Esta é a luta de todos nós, e é chegado o momento de termos ao nosso lado, solidários com o nosso esforço e justíssimas reinvidicações, os pais e encarregados de educação dos nossos alunos.

Não estamos preocupados apenas com as injustiças e burocracias relacionadas com a nossa avaliação de desempenho. Também a Lei de Gestão, já aprovada e em fase de instalação nas escolas, assim como a entrega de muitos aspectos da gestão escolar aos poderes discricionários dos presidentes de Câmara, merecem o nosso repúdio.
As pseudo-reformas impostas pelo governo são convidativas a compadrios, poderão em breve desencadear processos (semelhantes aos que hoje são contestados na Itália), onde se permite que as ATL (Actividades de Tempos Livres), dentro da escola pública, sejam privatizadas e pagas pelas famílias, em lugar do ensino básico gratuito preconizado pela Lei de Bases do Sistema Educativo, cuja qualidade deveria ser garantida pelo Ministério da Educação.

É por todos estes motivos que vos convidamos a juntarem-se a nós, docentes dos vossos filhos, promovendo e participando em reuniões conjuntas, onde encarregados de educação e docentes debaterão o que melhor acharem para promover a verdadeira qualidade nas nossas escolas e no Sistema Público de Educação.

Apelamos igualmente às Associações locais de Pais e aos núcleos locais de Sindicatos, para facilitarem estes encontros, propondo junto dos órgãos executivos das escolas a realização destas reuniões.

Os nossos filhos e o futuro do país bem merecem que façamos este esforço conjunto!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Avaliação do desempenho nos Açores: SDPA é o único Sindicato a exigir a sua suspensão

Na sequência de uma entrevista dada pelo Presidente do SDPA, Fernando Marques Fernandes, ao Diário Insular, eis o texto integral da notícia hoje publicada nesse jornal, esclarecedora sobre as posições dos Sindicatos e de Álamo de Meneses, quanto à avaliação do desempenho dos docentes nos Açores.

Centenas de professores subscreveram uma moção do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores que apela ao Governo Regional a suspensão da avaliação dos docentes.
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, Fernando Marques Fernandes, disse ontem ao DI que a moção deverá ser entregue ao titular da pasta da Educação do próximo Governo Regional que será empossado terça-feira na Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto da moção com a entrada em vigor do Estatuto da Carreira Docente dos Açores “foi imposto um modelo de avaliação do desempenho normativo, anual, burocratizado e que parte do princípio da desconfiança do trabalho dos educadores de infância e dos professores”.
Segundo o documento elaborado pela referida estrutura sindical, “este modelo de avaliação, que não passa de um sistema de notação funcional, realizada após o ano lectivo estar finalizado, sem qualquer cunho colegial e formativo e sem impacto na melhoria efectiva da prática docente, constitui-se como um instrumento administrativo de gestão das carreiras e das progressões dos docentes, penalizador e punitivo”.
Ainda de acordo com a moção, não houve formação dos avaliados e avaliadores e também não existe uma uniformização de procedimentos.
Adianta que o processo de avaliação “é burocrático e de uma imensa complexidade documental” e que os instrumentos utilizados “não contemplam a diversidade das funções docentes”.
Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, Armando Dutra, considera que “é prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores açorianos.
“Vamos aguardar para ver como o processo vai decorrer para depois tomar uma posição”, afirmou.
Entretanto, o secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, destacou o facto de a avaliação dos professores nos Açores ser diferente da que está a ser efectuada no continente.
Álamo Meneses referiu que o processo de avaliação não terá reflexos na progressão da carreira docente.
“É pena que haja sindicatos que em vez de olharem para o que de bom se passa nos Açores estejam mais interessados em seguir o que acontece no continente”, afirmou.


in Diário Insular
14/11/2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manifestação de 15 de Novembro de 2008

Carta à Directora Regional da Educação

Ponta Delgada, 10 de Novembro de 2008


Exma Sra Directora Regional da Educação

(Com conhecimento aos professores, alunos, pais e encarregados de educação)

Fui, juntamente com outros docentes, convocado por VªExcia para uma “Acção de Formação”, hoje, todo o dia, sobre a “Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente”. Vou lá, vou informar-me mais o melhor que possa.
Mas, para já, não deixo de ficar surpreendido pelo tão cínico quanto ingénuo atrevimento da administração regional e nacional de levarem por diante a “avaliação docente” que propugnam e não menos fico surpreso com a impunidade com que a si próprios os responsáveis por esta fraude se figuram.
Acredita VªExcia que aquilo que se ensina e que se aprende nas escolas têm tão irrisória natureza que podem mudar-se por simples decreto a belo prazer não se sabe bem de quem nem porquê? As leis internas dos fenómenos e a ordem intrínseca a qualquer discurso são folhos e rendas a entreterem ócios, engodo e isco para desprevenidos, meros artifícios para acumularem alguns aquilo que alguns dizem que faz cantar o ceguinho?
Então acha V.Excia que um docente pode ser bem avaliado num processo sumário instaurado por entidades formalmente administrativas, procedendo administrativamente, administrativamente compelidas ao arbítrio duma não menos administrativa hierarquia?
Acha que são métodos e critérios desse teor justificação capaz para se fazer tábua rasa de cinco, dez, vinte ou trinta anos de trabalho documentado de profissão, e, ao invés, é com 90 ou 45 minutos de uma ou duas pseudo aulas assistidas, preenchimento dos formulários normalizados, uma entrevista, e a incisiva ou displicente, mas sempre decisiva, benevolência ou hostilidade do presidente do executivo e ou do coordenador de departamento, que se avalia – VªExcia acredita? - toda uma vida profissional ou mesmo um ano de trabalho?
Então V.Excia superintende currículos e programas científicos, obrigando, para efeitos de ingresso na carreira, e aliás muito bem, a formação pedagógica, e depois impõe aos professores actuações contrárias, aberrantes, atentatórias da qualificação intelectual, da idoneidade científica, da ética e da deontologia profissionais? E acha que um sinistro, obscuro e aleatório “perfil” consagrado num não menos obscuro e sinistro “Estatuto da Carreira Docente” pode fazer apagar o que atrás afirmo? Julga que as águas bentas sindicais são passaporte garantido para absolvição de quantos abusos nesse “Estatuto” se licenciam? Acredita que lá porque “Deus escreve direito por linhas tortas” que o melhor é abraçar as “linhas tortas” para que tudo fique direito?
Não é por acaso que esta avaliação docente está a ser objecto de tanta atenção e tanta luta em todo o país. Não sou só eu que estou contra ela, assim como não sou eu só a estar contra o ECD que a enforma e informa.
É que não são só valores de democracia, de bom senso e de bom gosto, de lisura, de honestidade e de partilha, é também a esperança de vida que a vossa avaliação e o vosso ECD afrontam!
De vida ou de morte por isso esta luta.
VªExcia pode não saber, mas eu sei por que é que quem lhe paga o mercenato a obriga a tão abjectos actos contra natura e contra cultura. É que o figurino actual da assalariatura que tantos aplaudem ignaramente e tantos babosamente sustentam, precisa, por paradoxal que pareça, de cada vez menos qualificados e de cada vez mais desqualificados - cada vez mais transpirantes (e ou excluídos, acrescento) e cada vez menos pensantes, para usar a expressiva frase de um Colega meu. A uns cada vez mais poucos tudo se dá e tudo se investe, aos cada vez mais outros tira-se-lhes quanto se lhes pode – pudera! pois se a sua função económica e social é estrita e exactamente a de enriquecer quem aposta no negócio da compra e da venda da força de trabalho!
É imprescindível para o cada vez mais brutal modo de produção e de distribuição vigentes a máxima alienação e a rápida desqualificação da massa da população. É por isso que na análise de risco tudo aponta exactamente para a classe docente, pois esta está tradicionalmente habituada a ter como valores a educação, a instrução e a qualificação. É por isso ainda que se identifica os professores como os pontos críticos a controlar, a monitorizar, a fichar, a envolver, a expulsar ou a neles intervir correcionalmente.

O professor,

Pedro Albergaria Leite Pacheco

domingo, 9 de novembro de 2008

Manifestação de 8 de Novembro de 2008



E nos Açores, temos um bom Estatuto?

Não seria necessária uma manifestação a mostrar o nosso desagrado?

Não está na altura de começarmos a contestar a avaliação burocrática que temos?

Não está na hora de dizermos, deixem-nos ensinar?

sábado, 8 de novembro de 2008

RESOLUÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES E EDUCADORES REALIZADA EM 8 DE NOVEMBRO DE 2008


Os Professores e Educadores presentes na grandiosa Manifestação Nacional realizada em 8 de Novembro, movidos pelo superiores interesses da defesa da Escola Pública, da melhoria das aprendizagens dos seus alunos e da defesa da dignidade da profissão docente, declaram:

Agir para que, em cada uma das suas escolas, todos os professores se comprometam com a decisão de suspender a avaliação de desempenho e recusem concretizar qualquer actividade que conduza à instalação ou desenvolvimento do modelo imposto pelo ME, tornando pública a sua decisão;


Apoiar a decisão da Plataforma Sindical dos Professores de suspender a participação na comissão paritária de acompanhamento da aplicação da avaliação;


Apoiar a antecipação do processo negocial de alteração do modelo de avaliação do desempenho, que deverá ter lugar no âmbito de um processo mais amplo de revisão do ECD que garanta, entre outros objectivos:


Eliminar a divisão dos professores em categorias hierarquizadas, bem como todos os constrangimentos administrativos à progressão na carreira;


Acabar com a prova de ingresso na profissão;


Estabelecer regras pedagogicamente relevantes para organização dos horários dos professores;


Fixar regras excepcionais para a aposentação dos docentes, tendo em conta o elevado desgaste físico e psicológico provocado pelo exercício continuado da profissão;


Rejeitar as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação para revisão da legislação de concursos. Estas, a serem aprovadas, provocariam situações de ainda maior instabilidade dos docentes, para além de, não prevendo qualquer mecanismo para a vinculação dos professores, se destinarem a satisfazer necessidades permanentes das escolas recorrendo a professores contratados;


Exigir a correcção de todas as irregularidades e ilegalidades cometidas na elaboração dos horários de trabalho e o pagamento de serviço docente extraordinário em todas as situações em que, por impossibilidade comprovada, não seja possível respeitar o disposto na legislação em vigor;


Exigir, no âmbito de uma revisão da legislação relativa à direcção, gestão e administração das escolas, que se determinem condições que viabilizem a concretização dos princípios da autonomia, da participação e do funcionamento democrático dos órgãos;


Considerar inaceitáveis as medidas aprovadas pelo Governo que visam limitar a organização e o exercício da actividade sindical.
Face a este quadro tão negativo, os Professores e Educadores presentes na Manifestação de 8 de Novembro, que voltou a reunir em Lisboa mais de dois terços dos docentes portugueses, concordam envolver-se empenhadamente na concretização das seguintes iniciativas e acções de luta, caso o Ministério da Educação e o Governo mantenham, perante os Professores e a Escola Pública, a mesma atitude:

Novo protesto nacional, descentralizado pelas capitais de distrito, de acordo com o seguinte calendário:


25 de Novembro - Norte;
26 de Novembro - Centro;
27 de Novembro - Grande Lisboa;
28 de Novembro - Sul;


Aprovação, antes, ou após, cada reunião de conselho de turma, conselho de docentes ou de qualquer outra estrutura intermédia de gestão das escolas, de posições de exigência de mudança profunda do rumo da actual política educativa;


Distribuição, a todos os pais e encarregados de educação, de um texto que explique as razões da luta dos professores e as consequências extremamente negativas, para os alunos, das políticas educativas do Governo;


Encerramento de todas as escolas e jardins de infância no dia 19 de Janeiro de 2009, Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses, em que se completam dois anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, com a realização de uma Greve Nacional de todos os Professores e Educadores, em protesto contra o ECD do ME e pela sua imediata revisão.
Para além destas acções, os Professores e Educadores não excluem o recurso a outras formas de luta, ainda no primeiro período lectivo, designadamente o recurso à Greve, caso o Ministério da Educação não suspenda a aplicação da avaliação de desempenho e não recue em matéria de concursos.

Finalmente, os professores, disponibilizam-se para, ainda este ano lectivo, participarem numa Marcha Nacional pela Educação que envolva, para além dos professores, pessoal não docente das escolas, estudantes, pais e encarregados de educação, bem como todos os que considerem indispensável a profunda alteração do rumo da actual política educativa, para o que mandatam a Plataforma Sindical para desenvolver, desde já, os contactos necessários.

Os professores e educadores mandatam também a Plataforma Sindical dos Professores para solicitar reuniões a todos os Grupos Parlamentares e à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência para que sejam expostas as razões dos professores e educadores e a necessidade de a Assembleia da República intervir neste processo suspendendo a avaliação, caso o governo não tome essa iniciativa.

Lisboa, 8 de Novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Não ao Estatuto da Carreira Docente

Na Escola Secundária das Laranjeiras está a circular o Abaixo-assinado que se transcreve.



Abaixo-assinado

Exmo. Senhor
Secretário Regional da Educação e Ciência

Os Professores da Escola Secundária das Laranjeiras, abaixo assinados, manifestam o seu profundo desacordo com o ECDRAA- Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, publicado no Diário da República no dia 30 de Agosto de 2007, o qual agravou a sua situação profissional, prolongando a sua carreira e introduzindo um sistema de avaliação cuja única finalidade é dificultar a progressão.
Não questionando a avaliação de desempenho como instrumento conducente à valorização das suas práticas docentes, com resultados positivos nas aprendizagens dos alunos e promotor do desenvolvimento profissional, exigem a revogação do ECDRAA e consequentemente a suspensão imediata do modelo de avaliação vigente até ao estabelecimento de outro que tenha carácter formativo e que valorize a componente lectiva.

sábado, 1 de novembro de 2008

Assine a Moção

Cara(o) colega,
O ME dividiu os professores e educadores em duas categorias: os titulares e "os outros".
A verdadeira unidade dos docentes só pode ser conseguida com a revogação do ECD.
A verdadeira unidade dos docentes só pode conseguida com base na democracia, o que implica a revogação do novo processo de avaliação dos docentes e de gestão escolar.
Tal como a verdadeira unidade dos docentes com as suas organizações sindicais e movimentos só pode ser conseguida com a retirada da assinatura no "Memorando de entendimento" com o ME.
Foram estas as conclusões aprovadas, por unanimidade, na reunião de Algés do passado dia 28 de Outubro, e que estão expressas na moção que propomos que a(o) colega subscreva, através da Internet, em:
http://www.PetitionOnline.com/mocaoecd/petition.html
É claro que será muito importante, também, a divulgação da moção em papel para a sua subscrição pelos colegas (a quem se deve igualmente pedir que a subscrevam através da Internet).
Saudações fraternas,
Carmelinda Pereira

Escola secundária Antero de Quental -Suspensão da Avaliação Docente

Escola Secundária Antero de Quental, 29 de Outubro de 2008


SUSPENSÃO IMEDIATA DA AVALIAÇÃO DOCENTE PRETENDIDA PELA SREC/ME

À medida que no Departamento de Artes Visuais e Informática os professores foram consciencializando a natureza, trâmites e implicações da avaliação docente pretendida pela Secretaria Regional da Educação e Ciência e Ministério da Educação foi-se-lhes tornando evidente o quanto a mesma atenta contra a idoneidade científica e princípios deontológicos e éticos da profissão, pelo que solicitam a imediata suspensão da mesma.

O Departamento de Artes Visuais e Informática

ESTE ANO SALVE UM CAGARRO


Este ano salve um cagarro*

As associações Amigos dos Açores e Amigos do Calhau proclamam, este ano, o dia 1 de Novembro como o dia do cagarro.

O Cagarro (*Calonectris diomedea borealis*) é uma ave marinha muito abundante nos Açores, e é nestas ilhas que esta espécie nidifica. No fim de Outubro os cagarros juvenis, ao atingirem a plumagem e o tamanho adulto, são abandonados nos ninhos pelos progenitores e, movidos pela fome, lançam‐se ao mar, enfrentando vários perigos. Vamos ajudar o cagarro a seguir a sua rota.
Este ano salve um cagarro!

*Como salvar um cagarro*

Se encontrar um cagarro ferido ou desorientado:

- Prepare uma caixa de papelão e faça-lhe alguns furos.

- Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;

- Com uma camisola, casaco ou manta cubra o cagarro;

- Apanhe o cagarro, segurando-o pelo pescoço e cauda;

- Coloque o cagarro na caixa de papelão;

- Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;

- Na manhã seguinte, dirija-se a um local perto do mar;

- Solte o cagarro, deixando-o pousado no chão e afaste-se do local;

- Ao fim de pouco tempo, o cagarro começará a voar e encontrará o seu caminho.

*Atenção:*

- Não alimente o cagarro, para que ele não se habitue;

- Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;

- Não segure a ave pelas asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;

- Não force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.


No caso de querer participar alguma situação ou a localização de aves mortas pode ligar para:

- Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) Da sua área de reisdência (296306350 ou 961196202 - Ilha de São Miguel)

- Serviço de Ambiente da sua área de residência (296 206 785)

- Amigos dos Açores - Associação Ecológica (296498004 ou 9699866372)

- Associação Amigos dos Calhau (919978026 ou 9699866372)