sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Avaliação do desempenho nos Açores: SDPA é o único Sindicato a exigir a sua suspensão

Na sequência de uma entrevista dada pelo Presidente do SDPA, Fernando Marques Fernandes, ao Diário Insular, eis o texto integral da notícia hoje publicada nesse jornal, esclarecedora sobre as posições dos Sindicatos e de Álamo de Meneses, quanto à avaliação do desempenho dos docentes nos Açores.

Centenas de professores subscreveram uma moção do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores que apela ao Governo Regional a suspensão da avaliação dos docentes.
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, Fernando Marques Fernandes, disse ontem ao DI que a moção deverá ser entregue ao titular da pasta da Educação do próximo Governo Regional que será empossado terça-feira na Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto da moção com a entrada em vigor do Estatuto da Carreira Docente dos Açores “foi imposto um modelo de avaliação do desempenho normativo, anual, burocratizado e que parte do princípio da desconfiança do trabalho dos educadores de infância e dos professores”.
Segundo o documento elaborado pela referida estrutura sindical, “este modelo de avaliação, que não passa de um sistema de notação funcional, realizada após o ano lectivo estar finalizado, sem qualquer cunho colegial e formativo e sem impacto na melhoria efectiva da prática docente, constitui-se como um instrumento administrativo de gestão das carreiras e das progressões dos docentes, penalizador e punitivo”.
Ainda de acordo com a moção, não houve formação dos avaliados e avaliadores e também não existe uma uniformização de procedimentos.
Adianta que o processo de avaliação “é burocrático e de uma imensa complexidade documental” e que os instrumentos utilizados “não contemplam a diversidade das funções docentes”.
Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, Armando Dutra, considera que “é prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores açorianos.
“Vamos aguardar para ver como o processo vai decorrer para depois tomar uma posição”, afirmou.
Entretanto, o secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, destacou o facto de a avaliação dos professores nos Açores ser diferente da que está a ser efectuada no continente.
Álamo Meneses referiu que o processo de avaliação não terá reflexos na progressão da carreira docente.
“É pena que haja sindicatos que em vez de olharem para o que de bom se passa nos Açores estejam mais interessados em seguir o que acontece no continente”, afirmou.


in Diário Insular
14/11/2008

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