terça-feira, 30 de junho de 2009

César desautoriza Secretária Regional da Educação


César pondera 'tirar' faltas da avaliação dos professores

O presidente do Governo Regional avocou a decisão de determinar qual vai ser, afinal, o ‘peso’ do item relativo às faltas justificadas dos professores na grelha de pontuação para avaliação do desempenho profissional dos docentes.
Ou seja, Carlos César chamou a si a responsabilidade de resolver esta questão, que tem merecido forte contestação por parte de professores e sindicatos representativos da classe na Região.

Em causa está o facto da grelha elaborada pela Secretaria da Educação e Formação considerar que as faltas dadas por assistência a filhos menores e/ou portadores de deficiência e/ou de doença crónica, por doença e doença prolongada (do próprio docente), para prestação de provas de avaliação por trabalhador-estudante, licença sabática e equiparação a bolseiro, prestação de provas de concurso, falecimento de familiar e exercícios de direitos ou cumprimento de obrigações legais contam para ‘nota’ da assiduidade dos professores. Algo que fora já, nesta legislatura, expurgado do Estatuto da Carreira Docente na Região.

Ora os professores contestam que faltas equiparadas a tempo de serviço efectivo - nomeadamente aquelas que são dadas por doença, assistência na saúde ou por morte de familiar - ‘pesem’ negativamente na classificação do desempenho profissional. O que, depois, se reflecte na progressão da carreira.

Porém, a versão final só vai ser decidida no Conselho do Governo marcado para amanhã na Graciosa, ilha onde o Executivo se encontra a cumprir a visita estatutária e onde se espera que César apresente a opção que irá vigorar mas que será, ao que apurámos, diferente da anteriormente preparada pela Secretaria da Educação.

Segundo fonte do Açoriano Oriental, o presidente do Governo Regional terá pedido à secretária da Educação, Maria Lina Mendes, três novas alternativas relativas à questão das faltas, tendo transmitido no pedido opções metodológicas "todas elas mais próximas das referidas pelos sindicatos".

Assim, o Conselho do Governo irá aprovar o decreto regulamentar regional com o formulário de avaliação do desempenho do pessoal docente da Região, na sequência do Estatuto da Carreira recentemente aprovado e rectificado e que mereceu - com a excepção desta matéria- a concordância global dos professores. Isto após nova ronda negocial iniciada nesta legislatura, em que César também marcou presença.
Recorde-se ainda que na última sessão plenária da Assembleia Legislativa, durante o debate às propostas de alteração ao Estatuto (aprovado em Fevereiro último e ao qual, até também por proposta do Governo foram introduzidas correcções na sequência de omissões detectadas no diploma devido à "extensão, complexidade e abrangência do mesmo", nas palavras de Lina Mendes), a secretária que sucedeu a Álamo Meneses dera como encerrado o assunto das faltas.

A matéria foi debatida na sequência de uma proposta de alteração apresentada pelo PSD para que, tal como as licenças de parentalidade e adopção, fossem, em particular, retiradas da grelha de avaliação as faltas por doença e afins. Porém, a proposta de alteração ao artigo 137º do Estatuto da Carreira Docente foi chumbada pela maioria apesar dos votos favoráveis do PSD, CDS-PP, BE, PCP e PPM.

Olímpia Granada

Fonte: Açoriano Oriental, 30 de Junho de 2009

PS- Não percebo o que faz Lina Mendes, quando se trata de negociar a sério é com o presidente.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Governo afirma "irreversibilidade" da avaliação de docentes


A secretária regional da Educação dos Açores, Maria Lina Mendes, reafirmou esta segunda-feira a “irreversibilidade” do processo relativo à avaliação dos docentes no arquipélago, assegurando que o documento será aprovado brevemente pelo executivo açoriano.
“O processo não é reversível”, assegurou Maria Lina Mendes, que afirmou desconhecer qualquer iniciativa desenvolvida pelos docentes junto da Presidência da República para evitar a aprovação do documento relativo à avaliação de desempenho dos professores.
A Agência Lusa confirmou, no entanto, junto do Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA), afecto à FENPROF, que foi enviada a 3 de Junho uma carta ao Presidente da República, apelando à sua intervenção junto do Governo Regional dos Açores.
Na perspectiva do sindicato, a proposta de formulário de avaliação dos docentes que o executivo regional pretende aprovar “põe em causa direitos constitucionalmente consagrados”.
Uma carta idêntica já tinha sido enviada ao presidente da Assembleia Legislativa Regional, ao Representante da República e aos partidos políticos.
As divergências entre o sindicato e o Governo Regional sobre o formulário de avaliação dos docentes estiveram na origem de uma greve parcial realizada a 26 de Maio nas escolas do arquipélago dos Açores.
Na altura, Armando Dutra, presidente do SPRA, considerou que o formulário em causa tem aspectos “altamente penalizadores” para os professores e educadores na região.
Entre os vários aspectos do formulário que o sindicato contesta encontra-se o item da assiduidade, que considera estar “a penalizar os docentes por faltas legalmente equiparadas a prestação efectiva de serviço, como assistência à família, nojo, doença, internamento hospitalar e acidente em serviço”.
Lusa / AO Online, 15 de Junho de 2009

PS- Se antes tinhamos uma avaliação da treta, hoje temos uma treta de avaliação.

domingo, 7 de junho de 2009

A ministra e a política educativa do PS estão entre os derrotados nas eleições de hoje

Os docentes tiveram razões de sobra para não votar no partido do actual governo português. E tudo indica que fizeram diferença. Daí que não se estranha o semblante carregado e a atitude hostil da Ministra da Educação quando esta noite chegou ao Hotel Altis.


A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, brindou os jornalistas com um «chega para lá», visilmente incomodada pelos resultados destas europeias, quando chegou ao Hotel Altis, em Lisboa, quartel-general do PS, nesta noite eleitoral. A senhora adivinha o fim do seu mandato da arrogância e da prepotência.

É positivo um maior equilíbrio entre a esquerda e a direita, que os resultados das Eleições Europeias traduzem. O centro-direita reanima, o que, do ponto de vista da Educação e dos professores poderá ser bom, neste sentido:

O governo PS, que tomou medidas duras (tão neoliberais como a direita) relativamente à carreira docente, mas fomentou o laxismo no sistema no que toca às responsabilidades das famílias e dos alunos, nomeadamente no que toca aos resultados escolares e à disciplina nas escolas.

Não significa que a direita não tome as mesmas (ou até piores) medidas no que toca à carreira dos professores ou à gestão das escolas. Mas, ao menos, poderá respeitar mais os professsores, poderá valorizar o seu papel na sociedade, poderá reforçar a sua autoridade nas salas de aula. Embora, atenção, uma certa direita também seja laxista e facilitista no que toca ao ensino. Na Madeira, temos um governo de direita mas a bandalheira nas escolas e nas salas de aula é uma realidade, semelhante ao que se passa no resto do país.

A desmoralização, desvalorização e desautorização que o Ministério da Educação fez relativamente aos professores, para os denegrir publicamente e transformá-los em bodes-expiatórios da sociedade portuguesa, apenas acentuou a bandalheira que se vive hoje nas escolas, em que reina o laxismo e o facilitismo, já que os docentes, mesmo quando os outros actores envolvidos no sistema de ensino não fazem o que lhes compete (não assumem as suas responsabilidades), são o alvo a abater.

Se os estudantes são indisciplinados e revelam uma atitude negativa perante o trabalho escolar, são os professsores os responsáveis pelos resultados e pelas aprendizagens que não podem acontecer sem trabalho, rigor e disciplina por parte de quem aprende, nas salas de aulas.

Há verdades simples e de bom senso que o laxismo esqueceu: «sem o exercício da disciplina por professores e alunos não haverá apreensão do saber nem produção de conhecimento» (Daniel Sampaio, Pública de 21/05/2009). Isto é, ficam comprometidos os resultados escolares. O professsor muitas vezes não consegue ensinar porque os estudantes simplesmente não deixam. E o docente é deixado sozinho, sem autoridade, perante este estado de coisas.

Fonte: http://olhodefogo.blogspot.com/2009/06/ministra-e-politica-educativa-do-ps.html

Matemática? Só para Ricos?

Sandra Duarte, professora de Matemática no ensino secundário, analisa o «terror» dos alunos e faz o diagnóstico: a matemática foi sendo reduzida porque um país de trabalhadores de call center não precisa de formação científica, precisa de uma calculadora e de um computador, desde tenra idade, e de dizer umas palavras simpáticas em inglês para turista ver.

Leia o resto do artigo aqui.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tito Coelho



Hoje, faleceu Tito Coelho, professor de Geografia da Escola Secundária das Laranjeiras.

Nascido a 6 de Dezembro de 1952, Tito Coelho era associado dos Amigos dos Açores- Associação Ecológica, desde 21 de Março de 1988, tendo sido membro da mesa da Assembleia Geral daquela organização de defesa do ambiente entre 1990 e 1995.

Era um seguidor deste blogue, desde a sua criação, preocupando-se com as questões ambientais, nomeadamente com as relacionadas com as alterações climáticas.

ECDRAA - Brincadeira de rapazes?


Estatuto da Carreira Docente vai ser alterado

A Assembleia Legislativa Regional dos Açores vai proceder a alterações ao Estatuto da Carreira Docente, um mês e meio depois de o ter aprovado, devido a "erros e omissões", afirmaram esta quarta-feira dirigentes sindicais dos professores.
"Os erros foram originados por um calendário negocial restrito", frisou Armando Dutra, do Sindicato dos Professores da Região Açores, à saída de uma audição na Comissão Permanente dos Assuntos Sociais.

Para o dirigente sindical “era expectável que as omissões que se verificam no diploma levassem a rectificações”, nomeadamente no que se refere à "contagem de tempo de serviço entre contratos", que "não estava salvaguardada para efeitos de concurso”.

Por outro lado, o sindicato também pretende que seja corrigida “a distribuição de escalões, para tornar mais uniforme o acesso ao topo da carreira até aos 28 anos de serviço”, bem como “garantida a paridade com a carreira técnica superior" e a "uniformização dos horários, com os mesmos direitos e deveres”.

Por seu turno, Fernando Fernandes, do Sindicato Democrático dos Professores, reivindicou “a correcção dos horários de trabalho e o acesso dos professores da região ao estatuto de trabalhador-estudante”.

Fernando Fernandes, que também foi esta quarta-feira ouvido por aquela comissão permanente do parlamento açoriano, salientou que o sindicato também pretende “alterar as normas da avaliação de desempenho”, alegando que “a que terminou recentemente não foi bem sucedida porque foi imposta com deficiências”.
A Comissão dos Assuntos Sociais vai ouvir quinta-feira a Secretária Regional da Educação e Formação, Maria Lina Mendes, após o que emitirá as suas conclusões e proporá as alterações que serão votadas em plenário parlamentar.

Lusa/AO Online, 3 de Junho de 2009