Um abaixo-assinado está a correr as escolas dos ensinos básico e secundário dos Açores, como forma de protesto dos professores em relação ao modelo de avaliação a que são sujeitos e o qual – acusam - por ser anual assume um carácter “mais punitivo do que formativo”, restringindo as suas hipóteses de progressão na carreira.
Ao que pudemos apurar, a iniciativa não partiu dos sindicatos mas sim de um grupo de docentes descontentes com o facto de serem avaliados todos os anos e não de uma forma bianual, como acontece no Continente e na Região Autónoma da Madeira.
“O modelo é punitivo porque se a prestação do professor não for boa, ele é logo castigado, sem que se dê tempo a que se detecte, acompanhe e supere as suas dificuldades”, frisa fonte contactada pela nossa reportagem. De resto,
O modelo de avaliação dos professores é uma componente do Estatuto da Carreira Docente, que prevê que um professor com boa avaliação progrida na carreira mas que, caso seja apenas regular, não progride.
Nos casos mais extremos, os professores que recebem três insuficientes, em três anos consecutivos, deixam de reunir condições para exercer a docência.
A mesma fonte sublinha que o actual modelo de avaliação docente nas ilhas “não será benéfico” para a classe. Tudo porque, em vez de incentivar o “espírito solidário e cooperativo”, acentuará a competição e a conflitualidade” no local de trabalho.
Os professores reivindicam uma periodicidade na avaliação, “no mínimo” idêntica à que existe no resto do país. Ou seja, querem ter um ano destinado à detecção de eventuais lacunas no seu modo de leccionação e um segundo para se preparem melhor e recorrer a uma formação.
Já terão sido recolhidas centenas de assinaturas por vários estabelecimentos de ensino.
Nota- Estou convencido que a "paz" acabou nas escolas e que a partir de Setembro assistiremos a uma caça à nota, ficando os alunos para segundo plano.
Sem comentários:
Enviar um comentário