Lágrima-de-nossa-senhora ou milho-dos-romeiros
A lágrima-de-nossa-senhora ou milho-dos-romeiros
(Coix lacryma-jobi L.) é uma planta nativa da Ásia que se encontra
distribuída em quase todo o mundo, sendo a Índia o local mais provável de
origem.
O nome comum lágrima-de-nossa-senhora está
relacionado com uma lenda que associa as marcas existentes nas sementes às
lágrimas vertidas por Nossa Senhora quando ela chorava a morte de Cristo. A
designação de milho-dos-romeiros, deve-se ao facto de com as suas sementes se
fazerem os rosários usados pelos romeiros de São Miguel durante as tradicionais
romarias quaresmais.
Muito comum em todo o mundo, sobretudo na América
do Sul, não se conhece a data, o objetivo e quem introduziu a planta nos
Açores. Sabe-se, porém, que a planta nunca é referida como usada na medicina
popular e que já existia, em 1856, no jardim que José do Canto havia criado em
Ponta Delgada alguns anos antes.
A lágrima-de-nossa-senhora é uma planta herbácea
cespitosa, anual e ereta que pode atingir 1,8 m de altura. As folhas são
compridas, estreitas e glabras. Apresenta inflorescências terminais, em cachos
curtos e inclinados. Os frutos são globosos, lisos e duros quando maduros, de
cor esbranquiçada com matrizes cinzentas, acastanhadas ou pretas.
Esta planta propaga-se muito bem por sementes,
não necessitando de cuidados especiais para a sua manutenção.
Em algumas culturas a
lágrima-de-nossa-senhora é vista como um símbolo de prosperidade e abundância,
acreditando-se que tê-las em casa seria sinal boa sorte e fortuna.
Os grãos, depois de transformados em farinha, são
utilizados na gastronomia em países asiáticos. Aquela é de elevado valor
nutricional, pois possui uma reserva amilácea rica em proteínas, vitaminas e
sais minerais
A planta é usada com fins medicinais para
tratamentos diversos. Assim, a título de exemplo, referimos que o fruto reduz
as dores, é anti-inflamatório, antipirético, antisséptico e vermífugo.
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