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Lançamento do livro “Mata do Dr. Fraga- Herança Viva de um Madeirense” - Homenagem
a todos os madeirenses
Este livro é, em primeiro lugar, a homenagem a um homem bom,
um “dos grandes beneméritos da terra”, no dizer de Carreiro da Costa e “um
grande amigo dos pobres e um pai carinhoso dos pequeninos”, segundo Oliveira
San-Bento. É também um reconhecimento a um homem apaixonado pela floricultura e
arboricultura.
O facto de o local de lançamento ser na Casa da Madeira
leva-me a estender o meu agradecimento a todos os madeirenses,
independentemente da sua condição social, que desde o povoamento dos Açores até
aos nossos dias têm pelo seu trabalho ou intervenção social contribuído para a
construção de uns Açores melhores.
Não querendo muito personalizar, nem ser exaustivo na
enumeração, recordo que só na primeira metade do século passado foram 11 os
médicos madeirenses, todos formados na Escola Médico-cirúrgica do Funchal, que
exerceram a sua profissão nos Açores.
Ao longo da minha vida conheci madeirenses das mais variadas
profissões, nomeadamente pescadores, agentes da PSP, professores dos vários
níveis de ensino, juristas, funcionários públicos, empresários, médicos, sindicalistas,
etc., alguns dos quais marcaram-me de alguma forma ou foram importantes na vida
de familiares.
Homenageando todos os madeirenses, recordo alguns deles:
Gilberto Nóbrega, que
me tirou as primeiras fotografias para serem enviadas, como postal de
Boas-Festas, a meu pai emigrado no Canadá.
Anabela Sarmento, jurista e depois notária, que me convidou
para fazer parte de uma lista corrente à eleição de delegados sindicais na
Escola Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo.
Clarisse Canha, que é um exemplo na luta pela igualdade de
género, sendo a principal impulsionadora da Umar na ilha de São Miguel.
Ivo Nunes, meu professor de uma das cadeiras pedagógicas, na
Universidade dos Açores e depois deputado pelo PSD na Assembleia Legislativa Regional
da Madeira que foi presidente da Casa da Madeira.
Jorge Homem de Gouveia, médico pediatra de um familiar e de
muitos açorianos, que durante 27 anos presidiu à Comissão Organizadora das
Jornadas Médicas das Ilhas Atlânticas.
Liberato Fernandes, que me amparou nos primeiros passos no
cooperativismo, tendo depois sido guiado pelo pensamento do pensador, pedagogo
e político António Sérgio.
Teófilo Braga
13 de junho de 2022
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