terça-feira, 27 de junho de 2017
Crise na Sociedade Micaelense Protetora dos Animais
Crise na Sociedade Micaelense Protetora dos Animais
No texto de hoje, teria muito gosto em dar os parabéns aos deputados da ALRA se os mesmos tivessem encurtado o tempo de entrada em vigor da legislação que proíbe o abate como método de controlo dos animais de companhia. Contudo, tal não aconteceu e vamos esperar por 2022, ano em que serão apresentados argumentos para que o prazo seja dilatado até ao dia de São Nunca.
Como não há notícias boas do presente, vou aproveitar a oportunidade para voltar a referir o nome de Maria Evelina de Sousa que, como sabemos, foi uma das principais dirigentes da SMPA-Sociedade Micaelense Protetora dos Animais e uma das suas porta-vozes.
A 10 de dezembro de 1925, o Correio dos Açores denunciou a magreza dos bois municipais e chamou “a atenção da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais para este caso que também envergonha o nosso meio social”.
Dois dias depois, Maria Evelina de Sousa escreveu uma carta aberta ao diretor do jornal, Dr. José Bruno Carreiro, desafiando-o a assumir responsabilidades na SMPA que estava inativa ou em crise profunda.
Na carta referida, Maria Evelina de Sousa lembrou que a SMPA “foi fundada pela imprensa local de então, imprensa que generosa e desinteressadamente, defendia os pequenos, os desprotegidos da sorte” e acrescentou que a mesma não havia encontrado “ o apoio com que são geralmente acolhidas nesta terra as iniciativas altruístas”.
No mesmo texto, Maria Evelina de Sousa referia-se à SMPA como sendo “bem humilde, por sinal, e nunca arrepiava caminho com receio de melindrar potentados”.
Hoje, embora as associações animalistas continuem a não receber o reconhecimento que deviam por parte das entidades oficiais, parece que, por vezes, têm conhecimento de algumas situações irregulares e não as denunciam com medo de represálias para os seus dirigentes ou mesmo para alguns animais.
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 31263, 27 de junho de 2017, p. 16)
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