quinta-feira, 30 de maio de 2024

Virusaperiódico 6 e 7

 


Virusaperiódico (6)

 

Hoje, 20 de maio, Dia da Pombinha, era (é) o dia do arraial do Espírito Santo na minha terra natal, a Ribeira Seca de Ribeira Seca de Vila Franca do Campo.

 

Oficialmente é também o Dia dos Açores e o Dia Mundial da Abelha. Neste dia, foi publicado no jornal “Açoriano Oriental” um texto da cooperativa CASERMEL, onde esta denuncia a falta de apoios governamentais aos apicultores e o falhanço das medidas governamentais para proteção das abelhas.

 

Li num jornal que “os Açores são a região do país com mais pobreza e privação material e maior desigualdade social “em 2023.  Foi para isso que foi feito o 25 de Abril é para isso que serve a autonomia?

 

Tentando compreender o pensamento de António Borges Coutinho, voltei à leitura do livro “Sobre o Sistema Cooperativista”, de António Sérgio.

 

Nas minhas pesquisas sobre plantas fui avisado por pessoa amiga de que a junça-mansa ou chufa, que no passado serviu de alimento aos açorianos, está classificada como planta invasora. Já ando há alguns meses à sua procura em São Miguel e ainda não encontrei.

 

O Ecomuseu do Corvo teve um “projeto” intitulado “A junça (Cyperus esculentus): um património do Corvo”. Esteve a violar a lei?

 

23 de maio de 2023

 

 

 

 

 

 

 

 

Virusaperiódico (7)

 

A saúde de familiares tem sido uma preocupação constante nos últimos dias. A cada momento que passa vejo- não é novidade nenhuma- o aproximar-se do fim da vida. Que venha ela, sem sofrimento nem dores.

 

Ando a ler um pequeno, mas maravilhoso livro que é uma espécies de dicionário escrito pelo anarquista italiano Francesco Codello, editado pela Barricada de Livros. Sobre a morte li o seguinte aforismo da autoria de Edoardo Boncinelli: “Houve um tempo em que a Vida e a Morte mal se conheciam. Bom dia, boa noite. Uma saía, a outra entrava. O Homem chegou e fez as apresentações…”

 

Tenho andado a fazer pesquisas sobre o pensamento de António Borges Coutinho. Cada vez tenho notado a sua proximidade ao cooperativismo e socialismo de António Sérgio que pouco tinha a ver com o marxismo, embora não o ignorasse.

 

Sábado passado, 25 de maio, foi um dia de mais uma aprendizagem apícola. A recolha de um enxame que havia enxameado. Apesar do esforço, tenho muitas dúvidas se serei bem-sucedido.

 

Ontem visitei a Quinta da Torre, nas Capelas, onde mais uma vez constatei o trabalho gigantesco de Pedro Pacheco para a manter em modo de produção biológico. Um bem-haja, pelo seu trabalho e dedicação.

 

27 de maio de 2024

Virusaperiódico (8)


 

Virusaperiódico (8)

 

Com boas e menos más notícias em termos de saúde dos familiares tenho continuado a minha vida, com muitas leituras e algum (pouco) contato com as plantas.

 

Voltei a António Sérgio que foi um “libertário” defensor de uma verdadeira democracia popular, fomentador da autolibertação das pessoas. Voltei, também, a Agostinho da Silva que se inspirou em António Sérgio e que vou aprofundar nos próximos dias, através de livros que vou requisitar na Biblioteca Pública.

 

Ontem estive numa sessão do Clube de Leitura da Associação de Solidariedade Social dos Professores. Gostei de ouvir a intervenção do escritor Henrique Levy. Apreciei muito o seu romance “Madre Aliviada da Cruz”. Em breve irei ler o seu “Bento de Goes”.

 

Do livro que referi anteriormente intitulado “Nem obedecer nem comandar”, de Francesco Codello, cito uma frase que subscrevo do anarquista Bakunine: “Eu só serei verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me rodeiam, homens e mulheres, forem igualmente livres…”

 

Da revista “Ecossocialismo”, nº 7, recentemente chegou, apenas li duas memórias sobre o 25 de Abril, a tal revolução impossível ou que não chegou a ser.

 

30 de maio de 2024

terça-feira, 21 de maio de 2024

Louro

 



Louro

 

O louro, loureiro ou louro-da-terra (Laurus azorica), é uma planta endémica dos Açores, existente em todas as ilhas do arquipélago, que pertence à família Lauraceae.

 

O louro é uma árvore perenifólia que pode atingir até 15 m de altura. As suas folhas são elípticas, oblongas ou obovadas, as suas flores são verde-amareladas e os frutos são carnudos, elipsoides e pretos quando estão maduros.

 

O louro foi das plantas mais importantes para os primeiros habitantes dos Açores, devido à sua madeira, que foi usada como matéria-prima para o fabrico de carros, arados, charruas e cangas para as juntas de bois e às suas bagas. Gaspar Frutuoso (1998) sobre o seu uso escreveu o seguinte: “…louros (de cuja baga se faz todos os anos que a há muito azeite que, ainda que não presta para comer, serve de alumiar e de mezinhas na terra e fora dela, onde se leva) …”.

 

Em algumas ilhas dos Açores, o louro é usado como sebe alta de proteção de frutícolas. Brandão de Oliveira (1985) sobre o assunto escreveu: “…cujo uso em sebes de há muito tem vindo a ser posto de parte sobretudo porque esta espécie apresenta como regra curta duração. Ainda subsiste em consociação por exemplo em São Miguel (Capelas).”

 

Ao descrever a ilha de São Miguel, Gaspar Frutuoso por várias vezes regista a existência de louros, cuja presença terá dado o nome a alguns locais, como a Roça do Louro ou o Pico do Louro. Ao mencionar as Capelas, Frutuoso escreveu o seguinte: “Logo pegado com ele, para a parte da serra, se chama aquela terra as Capelas, da razão do qual nome há muitas opiniões. São estas Capelas biscoutos, e terras de pão poucas, carecidas de águas, mas abastadas de mato de murtaes, tamujos, louros e árvores de outra sorte; há nelas algumas benfeitorias de pomares e vinhas.”

 

Os louros ou loureiros estão também ligado à religiosidade popular, sendo usados para fazer as tradicionais fogueiras em honra de Santo Antão ou na noite de São João.

 

Sobre os efeitos resultantes de saltar às fogueiras Armando Cortes Rodrigues, citado por Furtado (2010) deu a conhecer a seguinte quadra do Cancioneiro Geral dos Açores:

 

São João é divertido

Amigo das brincadeiras

Abençoa as criancinhas

Quando saltam as fogueiras

 

Furtado (2010) também recorda que, de acordo com a “tradição popular, quem saltar uma fogueira na noite de S. João, em número ímpar de saltos, ficará todo o ano protegido contra todos os males.”

 

O Padre Ernesto Ferreira, no seu livro “A alma do povo micaelense”, datado de 1933, refere-se àquela noite do seguinte modo: “Noite de Sam João! Noite de Sam João! Que saudade do crepitar das tuas fogueiras, em que ardem loiros, embalsamando os ares com os seus acres aromas!”

 

Para além do seu uso na culinária, Abranches (1894) refere que o louro era usado como desinfetante e Gomes (1993) escreve que “com as suas folhas obtém-se um chá com propriedades digestivas, expectorantes, diuréticas e sudoríficas.”

 

Os agricultores colocavam ramos de louro sobre os tabuleiros de batatas para evitar a traça (Phthorimaea operculella).

 

Para além da espécie que vimos mencionando, nos Açores é possível encontrar também o Laurus nobilis, oriundo da Região Mediterrânica, mas que se encontra naturalizado nas seguintes ilhas: Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Terceira e São Miguel.

 

Na ilha da Madeira, a partir do loureiro-da-madeira (Laurus novocanariensis) é extraído o azeite de louro que, segundo Raimundo Quintal, “tem fama de ser bom remédio depurativo do sangue e cicatrizante de lesões internas e externas. O azeite de louro é também usado para friccionar as articulações com o objetivo de diminuir as dores reumáticas.”

 

Teófilo Braga

domingo, 19 de maio de 2024

Virusaperiódico (5)

 



Virusaperiódico (5)

 

No dia 15, assumi o compromisso (pessoal) de fazer uma pesquisa sobre a vida e a obra de um antifascista da nossa terra. Será que vou conseguir desempenhar a minha tarefa com sucesso?

 

No dia 17, estive na Ribeira Chã, na Comemoração do Dia Internacional dos Museus que ocorreu no Quintal Etnográfico. Foi um bocado de tarde bem passado.

 

No dia 18, estive na Ribeira Nova a trabalhar na terra. Mondas e mais mondas, na tentativa de impedir que algumas ervas tapem as plantas nativas e melíferas que tenho plantado. Verifiquei que os meus amigos coelhos não gostam de sécias, pois traçaram algumas que havia plantado. Colhi um belo cacho de banana prata.

 

Hoje, para além de ter passeado com os cães, estive a regar as plantas que estavam sequiosas.

 

Depois de descansar, estive a ler alguns textos de António Borges Coutinho, nomeadamente um sobre a Lei de Imprensa, publicado na revista Seara Nova, em 1971.

 

19 de maio de 2024

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Virusaperiódico (4)

 




Virusaperiódico (4)

 

Tenho andado pela terra a mondar e a roçar ervas na Ribeira Nova, acompanhado pelo Max.

 

Andei a consultar o jornal “Farol das Ilhas” que foi dirigido por António Borges Coutinho que foi o principal opositor ao Estado Novo, nos Açores. Ando à procura de conhecer melhor o seu pensamento no que diz respeito ao cooperativismo.

 

Agora está na moda os partidos políticos andarem a plantar árvores durante as campanhas eleitorais e não só. Não passa de greenwashing, se os mesmos não fizerem a manutenção das mesmas. Não basta de plantar, é preciso cuidar das plantas. Garanto que daqui a pouco tempo não haverá uma viva!

 

Hoje, na companhia do D.S. fiz uma pequena caminhada entre a Praia do Pópulo e a Fábrica de Lacticínios “Nestlé”, pelo litoral. Já estava com saudades de fazer um passeio pedestre que foi uma aula prática de botânica. Identifiquei várias plantas, nativas e exóticas, e verifiquei que duas delas apresentam um comportamento invasor: o metrosídero (Metrosideros excelsa) e a babosa (Opuntia stricta)

 

Tenho continuado as minhas pesquisas no terreno a ver se encontro a junça-mansa ou chufa. Até agora sem sucesso!

 

15 de maio de 2024

Virusaperiódico (3)

 



Virusaperiódico (3)

 

Os dias 9 e 10 de maio foram dedicados na sua maioria à jardinagem na Ribeira Nova, onde estive a verificar o estado das colmeias, mondei e plantei sécias. Fiquei triste porque as duas jacas (Artocarpus heterophyllus), que pareciam muito bem há quinze dias, secaram, parece que combinaram entre si o suicídio”.

 

Nos últimos dias li o que me faltava ler no livro, de Lúcio Miranda, Índia e Indianos”, publicado em 1936. Recomendo os textos “Singularidades do espírito hindu”, “Mahatma Gandhi”, “Tolstói e Gandhi”, “Buda” e “Shantiniketan”. Este último consta do livro “A Família Miranda: resistência e multiculturalismo”, recentemente editado pelas Letras Lavadas que já foi lançado em Ponta Delgada, no passado dia 3 e hoje, 11 de maio, no Porto e será apresentado, em Lisboa, na Casa dos Açores, em outubro.

 

Tenho pensado muito na insegurança existente em termos de cuidados de saúde na nossa ilha depois do incêndio no Hospital de Ponta Delgada. Conheço pessoas que têm receio de vir a São Miguel nos próximos tempos.

 

Aflige-me a continuação de todas as guerras e os massacres de inocentes em todo o mundo, sobretudo na Palestina. A guerra é um crime contra a Humanidade!

 

11 de maio de 2024

 

 

Virusaperiódico (2)

 


Virusaperiódico (2)

 

Durante as festividades religiosas do Santo Cristo em Ponta Delgada, vi num dos canais de televisão, uma das principais figuras da hierarquia da igreja que no passado, na sua juventude, foi um militante de uma organização marxista-leninista já finada. Apenas mudou de “religião”?

 

Nestes dias de festas, li mais um livro do escritor maldito Luiz Pacheco. Desta vez “Cartas na Mesa: correspondência para Serafim Ferreira (1966-1998). No índice dos nomes citados constam os açorianos: Bruno da Ponte, João Bosco Mota Amaral e Natália Correia. O autor escreveu outros muito mais interessantes!

 

A manhã do dia 7, foi quase toda passada a escrever um texto para a revista “Letra a Letra “sobre o Movimento da Escola Moderna, baseado em escritos anteriores e num livro do professor Pedro González. Ao procurar, sem sucesso, numa das estantes deparei-me com o livro “L. Tolstói-Obras Pedagógicas”. Numa das suas páginas li que a ignorância do povo era o gerador da violência e da injustiça. No tempo de Tolstói e agora!

 

No dia 8, acompanhei Álvaro de Miranda que esteve a fazer uma “comunicação” sobre resistência e multiculturalismo, numa turma da Escola Secundária da Ribeira Grande. Mais de 30 alunos na disciplina de grego é obra!

 

Fiquei a saber que o livro “Resistência e Liberdade- Dicionário de opositores ao Estado Novo nos e dos Açores” estava esgotado e que uma segunda impressão estaria disponível na próxima semana.

 

8 de maio de 2024

 

Conversa no Dia dos Museus

 


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Cubre(s)

 Cubre(s)

 


É uma planta característica do litoral das várias ilhas do arquipélago dos Açores, geralmente até aos 100 m de altitude, podendo na ilha das Flores ser dominante, sobretudo nas falésias que adquirem uma coloração amarelada durante o período de floração. Acúrcio Garcia Ramos, em 1871, sobre o cubre escreveu: “Planta notável pela sua formosura. Nasce nas costas de todas as ilhas e principalmente nas Flores”.

 

O cronista Gaspar Frutuoso, nas suas “Saudades da Terra”, aventou a hipótese de a presença de cubres na ilha das Flores estar na origem do seu nome. Segundo ele: “parece-me que por haver muitos cubres que dão estas flores, cada haste uma só, no mês de Maio até todo o Setembro, neste tempo a deviam achar os primeiros descobridores, e vendo-a tão florida lhe puseram o nome que tem de ilha das Flores”.

 

O nome Fajã dos Cubres, na Ilha de São Jorge, está associado à presença de cubres naquela  fajã localizada na freguesia da Ribeira Seca, na costa norte daquela ilha.

 

O cubre que prefere zonas costeiras, geralmente até aos 100 me de altitude, na ilha de São Miguel pode ser encontrado em vários locais, nomeadamente na Praia da Viola, no concelho da Ribeira Grande.

 

O cubre (Solidado azorica Hochst. Ex Seub.) é uma planta endémica dos Açores pertencente à família Asteracea que durante muitos anos foi classificado como Solidago sempervirens L. e que pode ser observado na costa oriental da América do Norte.

 

De acordo com Vieira, Moura e Silva (2020), o cubre é uma planta “herbácea ereta, lenhosa na base, perene com roseta de folhas e hastes florais, medindo até 1,5 m de altura” que floresce nos meses de junho a agosto. Por seu turno, o botânico sueco Erik Sjogren, no seu livro “Plantas e Flores dos Açores”, escreve que os caules podem atingir até 60 cm de comprimento e que a planta apresenta um “grande número de pequenas flores amarelas”

 

Sobre a utilização dos cubres, não encontramos muitas referências, pelo que uma vez mais recorremos a Gaspar Frutuoso que no livro VI das saudades da Terra ao escrever sobre a ilha Terceira mencionou o seguinte:

 

“Há também na mesma ilha, da banda do norte, capitania que foi da Praia, dentro no mato, acima dos moinhos de Agualva, uma pequena furna donde se tira almagra tão fina, que a vão buscar pera deitar com ela emprastos (sic) aos cavalos, como se fora bonarménico (sic) e, da mesma parte do norte, junto de Agualva, há infinidade de cubres e grandes campos e sarrados (sic) cobertos deles, que dizem ser erva medicinal pera muitas enfermidades e principalmente pera fogo, em tanto que, vindo ter a ela um castelhano, grande herbolário e físico, curou com água deles estilada muitas pessoas de várias doenças e levou muitas peroleiras cheias da mesma água, que mandou estilar das flores deles, as quais fazia apanhar antes do sol saído, dizendo que levava nela muito rica mezinha, em que esperava fazer muito dinheiro nas Índias de Castela pera onde determinava tornar, o qual também dizia qua havia na mesma ilha mais fina salsaparrilha que nas Índias, donde vinha, sem querer declarar nem mostrar qual era.”

 

Vieira, Moura e Silva (2020) apresentam o cubre como sendo um “recurso natural dos Açores. Medicinal (e.g. pode ser usada no tratamento de inflamação e irritação causada por infeções bacterianas).

 

Dada a beleza e a cor das suas flores os cubres podiam muito bem ser usados como planta ornamental, como já acontece num jardim existente na freguesia da Santa Cruz, no concelho da Lagoa na ilha de São Miguel.

 


Teófilo Braga

 

sábado, 11 de maio de 2024

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Virusaperiódico (1)


Foto de José Pedro Medeiros

Virusaperiódico (1)

Sem pompa nem circunstância, como é hábito, celebrou-se (pouco), o 1º de Maio nos Açores.

A propósito daquela data, as comemorações do 1º de Maio, em São Miguel, ocorreram pela primeira vez, em 1897, por iniciativa de Alfredo da Câmara, isto é, sete anos depois da primeira celebração em Lisboa (1890) e 11 anos depois da greve realizada, no 1º de Maio de 1886, nos Estados Unidos da América.

Na sexta-feira, 3 de maio, foi lançado publicamente, na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, o livro “A Família Miranda: resistência e multiculturalismo”. Com uma presença de meia centena de pessoas, foi uma sessão muito interessante, tendo apreciado muito a apresentação de Gilberta Rocha e a comunicação do Álvaro Miranda.

Como cheguei ao conhecimento dos vários membros daquela família?

Interessei-me por conhecer melhor Lúcio Miranda, depois de ler um seu texto sobre a vida e a obra de Ghandi publicado na revista Insulana, do Instituto Cultural de Ponta Delgada. Depois deste livro editado, aprofundei o meu conhecimento sobre a sua atividade cultural, entre 1945 e 1952, de que destaco a sua colaboração no jornal “Açores”, através da página “Educação e Ensino” que tinha como subtítulo “uma página a que o prof. Lúcio de Miranda dá orientação pedagógica”.

Cheguei ao conhecimento de Fédora Miranda, através das minhas pesquisas sobre Alice Moderno e a vida da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais. Descobri que a primeira teve uma digna sucessora, Fédora Miranda, que foi presidente daquela associação entre 1947 e 1954. Também, posteriormente à edição do livro fiquei a saber que a SMPA, entre 1947 e 1949, manteve uma página no “Açores” em que Fédora Miranda deu a sua colaboração.

A Sacuntala de Miranda, cheguei, através da leitura de “O Ciclo da Laranja e os “gentlemen farmers” da ilha de São Miguel:1780-1880”. Depois desta primeira leitura, outras se seguiram, mas só li o seu livro de poesia, na fase de preparação deste livro.

Com Álvaro de Miranda a situação foi diferente, isto é, fui contatado por ele no dia 30 de abril de 2023, através de uma rede social, a dizer que vinha a São Miguel em outubro e que gostava de me conhecer.

Só recentemente li, com olhos de ler, a entrevista que João Bosco Mota Amaral, deu ao Açoriano Oriental no dia 25 de Abril deste ano. Nela há duas afirmações que poderão surpreender os mais distraídos: “Foi o 25 de Abril e não o 6 de junho que impulsionou a Autonomia” e “E, de um certo ponto de vista, até entendo que a própria revolução – o Processo Revolucionário em Curso – permitiu que houvesse determinados avanços sociais que de outra maneira não seriam feitos…”

Tenho continuado a estudar as abelhas, através de um livro que me foi oferecido pelos meus colegas quando me reformei e a fazer observações sobre as plantas que as abelhas procuram.

A última observação ocorreu a 1 de maio, perto do Centro de Saúde de Ponta Delgada. Vi por volta das 13h 30 min várias abelhas nas flores de papoilas-da-califórnia (Eschscholzia californica Cham.).

5 de maio de 2024