quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Escolas a abarrotar e as Laranjeiras com falta de alunos do ensino regular




44 turmas do ‘Secundário’ têm mais de 25 alunos em P. Delgada

19 Setembro 2012 [Regional]

Quarenta e quatro turmas do ensino Secundário em Ponta Delgada têm mais de 25 alunos contrariando uma orientação estabelecida pela secretária regional da Educação e Formação, Cláudia Cardoso, para implementar já este ano.
Foi a Escola Secundária Antero Quental que mais dificuldade teve em acatar a orientação da secretária da Educação. Praticamente 28 turmas do secundário do estabelecimento de ensino têm mais de 25 alunos. E só no sétimo ano conseguiu que as doze turmas tivessem menos do que o limite apontado pelo governo. No oitavo ano há cinco turmas com mais de 25 alunos e três têm mesmo 28 alunos cada. No nono ano há três turmas com mais de 25 alunos e, no décimo ano, em treze turmas, oito têm mais de 25 alunos. A turma ‘K’ tem 30 alunos.
No décimo primeiro ano da Escola Secundária Antero Quental, há seis turmas com mais de 25 alunos. As turmas ‘J’ e ‘N’ chegam a ter 31 alunos cada e a turma ‘D’ tem 28 alunos.
No décimo segundo ano da ‘Antero Quental’, há cinco turmas com mais de 25 alunos. A turma ‘C’ chega a ter 31 alunos e a ‘D’ tem 29 alunos.
Na Escola Secundária Domingos Rebelo há 15 turmas com mais de 25 alunos. Começa logo no oitavo ano com três turmas com mais de 25 alunos e, no nono ano, há duas turmas com 27 alunos. No décimo ano todas as turmas têm 25 alunos ou menos. Já no décimo primeiro ano, das oito turmas que a ‘Domingos Rebelo’ tem, sete têm mais de 25 alunos. Por fim, no décimo segundo ano, em treze turmas, há quatro com mais de 25 alunos. Uma das turmas, a ‘H’, tem 29 alunos e a ‘I’ tem 28 alunos.
Pela positiva, na Escola Secundária das Laranjeiras há apenas uma turma com mais de 25 alunos. É a turma ‘A’ do décimo primeiro ano.
 
Fora de Ponta Delgada, a Escola Secundária da Ribeira Grande tem cinco turmas com mais de 25 alunos, duas delas no décimo primeiro ano e três turmas no décimo segundo ano. Nesta escola, a turma ‘C’ do décimo segundo ano tem 29 alunos.
Na Escola Secundária da Lagoa, a turma ‘A’, no nono ano, tem 26 alunos.

O compromisso de 25 alunos

A 23 de Maio, Cláudia Cardoso ao intervir no lançamento da obra da Escola Básica e Integrada da Horta, revelou que executivo açoriano iria “reorganizar o trabalho escolar por forma a favorecer o cumprimento da escolaridade obrigatória e a optimizar as situações de aprendizagem”.
 
A governante assumiu, na altura, o compromisso de, “já a partir de Setembro diminuir o número máximo de alunos por turma”, na Região.
Explicou que uma das premissas para se desenvolver um trabalho de qualidade “é o ensino mais próximo, a grupos de alunos mais pequenos”.
Por esta razão, anunciou, “fixaremos grupos-padrão de 20 crianças por professor na educação pré-escolar, dos 3 aos 5 anos. No máximo de 23 alunos por docente nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no máximo de 25 alunos no ensino secundário”.
 
“Com esta medida”, acentuou a governante, “damos outra margem para o desenvolvimento do trabalho dos docentes” até porque “sabemos bem os desafios com que os professores são hoje confrontados e a heterogeneidade das turmas com que trabalham”.

Sindicato quer 20 alunos por turma

A governante está convencida que esta redução de alunos por turma “permitirá desenvolver um trabalho de maior qualidade”.
 
Cláudia Cardoso fez, então, uma relação com o que se passa no Continente. Esta medida, disse, “ganha ainda maior importância quando assistimos ao aumento do número de alunos por turma no continente, ao agrupamento abrupto de escolas, e ao corte de 864 M€ no Orçamento de Estado...”
Mo dia 14 do corrente, Cláudia Cardoso voltou a sublinhar o objectivo de redução de alunos por turma nos Açores. Só que, no caso de Ponta Delgada, as escolas secundárias tiveram grande dificuldade em seguir a orientação da governante.
O Sindicato Democrático dos Professores dos Açores relevou a diminuição pela secretaria regional da Educação e Formação da turma padrão do ensino básico que se encontra legislada (medida há muito defendida pelo SDPA) e deu nota de que “é necessário investir numa diminuição mais profunda (para os 20 alunos), atendendo ao elevado índice de falta de aproveitamento escolar na Região”.

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