segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
A luta dos Professores dos Açores
A luta dos Professores dos Açores
Convocada pelo Sindicato Democrático dos Professores, nos passados dias 3, 4 e 5 de janeiro, alguns professores dos Açores estiveram em greve para exigir o descongelamento da carreira docente e a contagem integral do tempo de serviço congelado.
Durante os três dias de greve e, talvez, para responder a uma provocação do Secretário Regional de Educação que afirmou que o que os professores pretenderam com a marcação da greve para os primeiros dias do 2º período foi prolongar as férias, os professores fizeram questão de comparecer em concentrações que se realizaram em vários pontos de Ponta Delgada.
Já depois de terminada a greve, no passado dia 6 de janeiro, houve uma nova concentração em frente ao Palácio de Santana há hora onde decorreu a receção de ano novo do Presidente do Governo Regional a diversos “representantes da sociedade açoriana” que mais não eram os políticos que vivem à custa do orçamento e representantes da burguesia grande e pequena que vice da exploração da força de trabalho da maioria do povo açoriano e de apoios estatais.
Se o número de professores presentes nas concentrações por vezes terá rondado as duas centenas, o que não é mau, e se a greve não teve a adesão da maioria dos docentes, tal deveu-se à falta de união dos sindicatos e à pouca autonomia e algum oportunismo de alguns docentes resultantes de algum egoísmo, de uma burocratização sindical e da origem social de alguns professores e educadores.
Analisando o papel das forças partidárias, regista-se o seu silêncio. De algum modo indicativa da posição do PCP, está um texto de um seu dirigente e antigo deputado que considerou a greve extemporânea.
A luta dos professores só poderá ser vitoriosa se aqueles confiarem nas próprias forças e se se unirem, independentemente das suas ideologias, opções partidárias ou filiações sindicais, na luta pela defesa dos seus direitos.
JS
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