Sonhar
com touradas
“O hábito é a mais venérea de todas as
doenças” (Oriana Fallaci)
No
meio de uma pandemia que afeta toda a população embora com diferente
intensidade, na ilha Terceira os adeptos da tortura de animais, sobretudo os
das touradas de praça, não perdem uma oportunidade para as incentivar e
programar.
Neste
sentido, o coordenador das Sanjoaninas, no passado dia 8 de janeiro, no Diário
Insular, anunciou que em Angra do Heroísmo, durante aquelas festas realizar-se-ão
touradas de praça. Sabendo-se que a indústria tauromáquica tem como suporte a
nobreza e os principais políticos locais tudo leva a crer que a tortura de
animais vai ser tolerada mesmo em situação sanitária pouco favorável.
No
mesmo jornal do dia 9 de janeiro, um deputado que é forcado e que se diz
socialista escreve um texto a criticar o atual diretor regional da cultura
porque no passado considerou a tourada um espetáculo sádico.
No
seu texto o deputado, que recentemente foi despromovido de governante, teve a
ousadia de voltar a afirmar a importância económica das touradas quando sabe
que as mesmas só servem para transferir dinheiro dos aficionadas e dos nossos
impostos para a minoria de ganadeiros e toureiros e afins e o descaramento de
afirmar que a tortura de animais, a tourada, “é um dos mais relevantes
patrimónios culturais e sociais das nossas ilhas”.
Pela
nossa parte, continuaremos a denunciar as mentiras dos defensores da tortura
animal e a lutar por um mundo mais solidário e mais justo para todos os seres
vivos.
José da Agualva
11 de janeiro de 2021
(MATP- Boletim informativo, nº 68, janeiro de 2021)
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