quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

A um tal Godofredo de Vera-Cruz

 


A um tal Godofredo de Vera-Cruz

 

No passado dia 29 de novembro o senhor Godofredo de Vera-Cruz, brindou-nos com o último texto que escreveu a propósito de uma homenagem a António Borges Coutinho.

 

Sobre a organização da sessão de homenagem ao resistente antifascista, que foi o último governador civil do distrito de Ponta Delgada, António Borges Coutinho, realizada no passado dia 26 de outubro em Ponta Delgada, o senhor Godofredo de Vera-Cruz ou está mal informado ou é mal-intencionado, não sendo de excluir que padeça dos dois males.

No seu texto, Vera-Cruz, afirma que a homenagem foi promovida pela família e por comunistas (os tais que matavam os velhinhos com uma injeção atrás da orelha?). Tal afirmação não corresponde à verdade, pois o evento foi uma organização da família e da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

 

Querendo mostrar alguma eloquência, Vera Cruz discorre sobre trotskismo e estalinismo a propósito dos putativos comunistas responsáveis pela organização do evento. Tal facto, assemelha-se ao que se passava antes de 25 de Abril de 1974. Com efeito, para os fascistas e seus fiéis servidores, os pides, quem não pensava como eles e seus chefes, Salazar e Caetano, era apodado de comunista e terrorista. Faltou coragem ao Vera-Cruz, para nomear quem era ou eram os trotskistas e quem era ou eram os estalinistas?

 

No que diz respeito aos oradores parece que Vera- Cruz tem algum ou alguns inimigos de estimação. Mas vamos ao que interessa, pelos nomes apresentados não é difícil constatar que havia pessoas de algum modo ligadas a vários partidos políticos (PSD, PS, PCP- desconhecemos se havia de outros) e outras sem qualquer filiação partidária. Pelas comunicações apresentadas foi fácil depreendermos que quem falou ou era familiar do homenageado ou conviveu com ele em ditadura ou em democracia ou havia feito investigações sobre o seu pensamento e ação.

 

José dos Santos Verdadeiro

 

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