domingo, 8 de dezembro de 2024

O Parque Pedagógico Recreativo Maria das Mercês Carreiro merece uma visita

 


O Parque Pedagógico Recreativo Maria das Mercês Carreiro merece uma visita

 

No passado dia 13 de novembro, dia de São Martinho, voltei a visitar o Parque Maria das Mercês Carreiro, coisa que faço com regularidade, pois não me canso de observar as suas plantas e de apreciar a beleza das suas flores. Naquele dia, fui com outro objetivo, o de averiguar se havia alguma degradação daquele espaço tal como me haviam afirmado algumas pessoas.

 

Pelo que me foi dado observar, não posso concordar que aquele espaço ajardinado esteja degradado. Tal como todos jardins necessita de um cuidado permanente não só na limpeza dos caminhos- estava impecavelmente limpo- mas também no cuidado das plantas, nomeadamente através da retirada de ramos secos ou na substituição de plantas que morrem.

 

Concretizando, com alguma preocupação notei que algumas faias (Morella faya) do labirinto estão mortas, sendo necessário averiguar as causas e substituí-las por outras, o mesmo acontecendo com a maior parte dos buxeiros ou buxos (Buxus sempervirens) de uma pequena sebe que devem ser arrancados e substituídos por plantas de outra espécie. Por último, carece de limpeza um canteiro com urzes (Erica azorica) e queirós (Calluna vulgaris) já que algumas das plantas parecem estar sem vida.

 

Para além do referido, sugiro que se continue o louvável e difícil, para não botânicos, trabalho de identificação de algumas espécies e que se faça a substituição da única placa identificativa que não está de acordo com a planta lá existente

 

Mas como tristezas não pagam dívidas, apresento a seguir algumas boas razões para a manutenção e visita daquele parque que do meu ponto de vista é, neste momento, o principal ponto de atração de visitantes ao Pico da Pedra.

 

O Parque Maria das Mercês Carreiro é um excelente equipamento de educação ambiental, que as escolas e organizações de juventude ou de defesa do ambiente poderão tirar o máximo proveito. A título de exemplo, recordo que lá já ocorreu uma parte de uma ação de formação contínua de professores, maioritariamente docentes da Escola Secundárias das Laranjeiras, que este ano já foi visitado por um grupo de jovens da Lagoa que participaram numa atividade dinamizada pelos Amigos dos Açores-Associação Ecológica e que no referido dia da visita encontrei lá uma turma da Escola Secundária da Lagoa.

 

Mas, ao contrário do que se pensa, não é só na primavera que o parque está atraente para os visitantes. No outono, a passos largos para o inverno, o visitante pode deleitar-se com a beleza das flores de algumas espécies, de que, entre ouras, menciono as seguintes:

 

A primeira espécie em floração é a rosa-louca (Hibiscus mutabilis), nativa da Ásia (China e Taiwan), cujas flores mudam de cor durante o dia, abrindo brancas, passado por róseas até ficarem magentas ao murcharem.

 

A segunda é a lança-de-fogo ou guarda-do-cardeal (Odontonema cuspidatum), planta endémica do México, cujas bonitas flores vermelhas de grande durabilidade podem ser usadas como flor de corte.

 

Por último, o aloé, aloé-do-natal ou foguetes-de-natal (Aloe arborescens), oriundo do Sul de África, que apresenta flores vermelhas/alaranjadas.

 

Pico da Pedra, 13 de novembro de 2024

 

Teófilo Braga

Sem comentários: