O Parque Pedagógico Recreativo Maria das
Mercês Carreiro merece uma visita
No
passado dia 13 de novembro, dia de São Martinho, voltei a visitar o Parque
Maria das Mercês Carreiro, coisa que faço com regularidade, pois não me canso
de observar as suas plantas e de apreciar a beleza das suas flores. Naquele
dia, fui com outro objetivo, o de averiguar se havia alguma degradação daquele
espaço tal como me haviam afirmado algumas pessoas.
Pelo
que me foi dado observar, não posso concordar que aquele espaço ajardinado esteja
degradado. Tal como todos jardins necessita de um cuidado permanente não só na
limpeza dos caminhos- estava impecavelmente limpo- mas também no cuidado das
plantas, nomeadamente através da retirada de ramos secos ou na substituição de
plantas que morrem.
Concretizando,
com alguma preocupação notei que algumas faias (Morella faya) do
labirinto estão mortas, sendo necessário averiguar as causas e substituí-las
por outras, o mesmo acontecendo com a maior parte dos buxeiros ou buxos (Buxus
sempervirens) de uma pequena sebe que devem ser arrancados e substituídos
por plantas de outra espécie. Por último, carece de limpeza um canteiro com
urzes (Erica azorica) e queirós (Calluna vulgaris) já que algumas
das plantas parecem estar sem vida.
Para
além do referido, sugiro que se continue o louvável e difícil, para não
botânicos, trabalho de identificação de algumas espécies e que se faça a
substituição da única placa identificativa que não está de acordo com a planta
lá existente
Mas
como tristezas não pagam dívidas, apresento a seguir algumas boas razões para a
manutenção e visita daquele parque que do meu ponto de vista é, neste momento,
o principal ponto de atração de visitantes ao Pico da Pedra.
O
Parque Maria das Mercês Carreiro é um excelente equipamento de educação
ambiental, que as escolas e organizações de juventude ou de defesa do ambiente
poderão tirar o máximo proveito. A título de exemplo, recordo que lá já ocorreu
uma parte de uma ação de formação contínua de professores, maioritariamente
docentes da Escola Secundárias das Laranjeiras, que este ano já foi visitado
por um grupo de jovens da Lagoa que participaram numa atividade dinamizada
pelos Amigos dos Açores-Associação Ecológica e que no referido dia da visita
encontrei lá uma turma da Escola Secundária da Lagoa.
Mas,
ao contrário do que se pensa, não é só na primavera que o parque está atraente
para os visitantes. No outono, a passos largos para o inverno, o visitante pode
deleitar-se com a beleza das flores de algumas espécies, de que, entre ouras,
menciono as seguintes:
A
primeira espécie em floração é a rosa-louca (Hibiscus mutabilis), nativa
da Ásia (China e Taiwan), cujas flores mudam de cor durante o dia, abrindo
brancas, passado por róseas até ficarem magentas ao murcharem.
A
segunda é a lança-de-fogo ou guarda-do-cardeal (Odontonema cuspidatum),
planta endémica do México, cujas bonitas flores vermelhas de grande
durabilidade podem ser usadas como flor de corte.
Por
último, o aloé, aloé-do-natal ou foguetes-de-natal (Aloe arborescens),
oriundo do Sul de África, que apresenta flores vermelhas/alaranjadas.
Pico
da Pedra, 13 de novembro de 2024
Teófilo
Braga
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