quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Reflexão



(abaixo divulgo texto de um colega meu)




Em curto espaço de tempo o colapso de castelos de demagogia e de prepotência aparentemente tão poderosa esta e tão indestrinçável aquela vem necessariamente trazer para a ordem do dia a responsabilidade de cada um de nós não ceder às intimidações nem deixar-se ludibriar por justificações do género que tanto tem imperado para argumentar a favor do ignóbil, do aberrante, do "ter de ser" mais abjecto.
Em nada abona à honorabilidade de quem quer ter ou se tem como tendo alguma honorabilidade fazer de sabujo propugnador daquelas violações anti-cultura e anti-natura, aparentemente tão inelutáveis quanto omnipotentes.
Doze anos durou a brutalidade nazi (1933-1945). Doze anos de eternidade para quem a viveu e para todos quanto dela historicamente se abeirem.
Quase quatro anos para a sórdida tarefa da peão de brega dos patrões internacionais começar a ser comprendida pelos professores e demais portugueses, entre os quais ainda há, por espantoso que possa parecer, quem apesar de tudo continue a rever em Maria de Lurdes Rodrigues uma Ministra da Educação!
Aliás, se ainda o é formalmente, tal deve-se à trama do suporte sindical acrescida dos executivos e outros adstritos mancomunados com a mesma causa venal e burocrática que os irmana.
Se "o discurso e expressão monetárias não são nem o móbil nem a linguagem unificadora da vida escolar" (ver documento aprovado na reunião do Departamento de Artes Visuais e Informática de 12 de Janeiro passado) a verdade é que, como também nesse documento vem expresso, "concorre para e decorre das necessidades de vida e de acção", pois remete directamente para condições de vida e disponibilidade de força de trabalho, quaisquer uma delas postas seriamente em causa pelo modo de produção, de distribuição e de conceptualização das interacções humanas considerado ainda como de "sempre assim ter sido e continuar a ser", apesar de ter pouco mais de dois séculos de existência e de estar desde que parido em agonia!
A eminência do desastre e a dimensão do mesmo estão a fazer muitos reconsiderarem na veracidade, na validade, na própria força, dos argumentos que têm justificado as enormidades curriculares, organizativas, avaliativas, dos engalanados facínoras, dos sabidos vigaristas, das acólitas e acólitos meninas e meninos do coro do, esse sim, espúrio poder instituído, porque assente na ilusão, na chantagem, no ludíbrio, na intimidação.


Grato por eventual atenção,


Pedro

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