domingo, 3 de março de 2024
Magnólia
Magnólia
O género Magnolia deve-se a Charles Plumier, botânico francês que em fins do século XVII pretendeu homenagear Pierre Magnol (1638-1715), o qual, segundo alguns historiadores, foi o autor da primeira classificação das plantas em famílias. A denominação da espécie, grandiflora, deve-se ao tamanho das suas flores, que são as maiores do género.
O médico Pierre Magnol, que foi diretor do Jardim Botânico da Universidade de Montpellier, escreveu vários livros sobre plantas, sendo considerado o mais notável botânico da sua época.
A Magnólia (Magnolia grandiflora L.) é uma planta, que pertence à família Magnoliaceae, oriunda do Sueste dos Estados Unidos da América. Foi introduzida na Europa no século XVIII, podendo ser encontrada, hoje, em quase todo o mundo.
A magnólia é árvore que pode atingir cerca de 25 metros de altura, possui folhas coriáceas, elípticas ou oblongas, de um verde vivo na parte superior e avermelhadas na inferior. As suas grandes flores (20 a 25 cm de diâmetro) brancas, que são muito perfumadas, sendo muito apreciadas pelas abelhas, surgem de junho a setembro.
De acordo com Saraiva (2020), a magnólia é uma árvore de crescimento lento, começando a produzir flores ao fim de 12 a 20 anos. Sobre a sua longevidade escreveu que na Quinta do Alão, Casa de Recarei, Porto, há um exemplar datado de cerca de 1690. Pode durar assim, em condições favoráveis, mais de 300 anos.”
Sobre a presença da magnólia em São Miguel, sabe-se que, em 1856, foi plantada no Jardim José do Canto e, em 1865, já existia no Jardim António Borges.
A magnólia é uma bonita árvore ornamental, existindo em diversos jardins públicos e privados. A título de exemplo, destacamos alguns exemplares presentes no Jardim José do Canto, no Jardim Antero de Quental, em Vila Franca do Campo, na Escola Secundária das Laranjeiras, na Mata do Dr. Fraga, na Maia e no Parque Terra Nostra, nas Furnas.
Nos Açores, podemos encontrar outras espécies do género Magnolia, como a magnólia-chinesa ou magnólia-de-soulange , a carocha, a magnólia-estrela e a magnólia-yulan.
A magnólia-chinesa (Magnolia x soulangeana), um híbrido que foi criado, em 1820, pode ser encontrada em vários jardins particulares e públicos, como na Mata do Dr. Fraga, na Maia, no Jardim António Borges, no Jardim do Palácio de Santana, no Pinhal da Paz, no Parque Terra Nostra, etc. Em 1856 existia no Jardim José do Canto. Floresce nos meses de fevereiro, março e abril.
A carocha (Magnolia figo), originária da China, com flores pequenas muito aromáticas, usadas para perfumar quartos do Espírito Santo, pode ser encontrada no Jardim José do Canto, no Parque Terra Nostra e no Centro Experimental das Furnas, na Lagoa Seca. Floresce nos meses de março, abril e maio.
A magnólia-estrela (Magnolia stellata), originária do Japão, pode ser vista no Jardim do Palácio de Santana. Floresce nos meses de janeiro e fevereiro.
A magnólia-yulan (Magnolia denudata), originária da China, que pode ser encontrada em jardins particulares e em quintais, deve o sue nome ao facto de estar sem folhas quando está com flores. Floresce nos meses de janeiro e fevereiro.
Teófilo Braga
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