Virusaperiódico (86)
No dia 12, de manhã estive a fazer tarefas domésticas
e de tarde participei num “webinar” promovido pela ASPEA-Associação Portuguesa
de Educação Ambiental.
Comecei o dia 13 a realizar atividades de voluntariado
ambiental e de tarde estive em Vila Franca do Campo, onde colhi algumas
nêsperas, mas bananas nem por um canudo!
No livro “Cantos Populares do Arquipélago Açoriano”,
coligidos e anotados por Teófilo Braga, li o seguinte:
Eu sou o março,
Que sempre
marcejo,
Farto as terras
De água a desejo.
Farto também ando eu com tanta chuva!
Quase todo o dia 14 foi ocupado com a recolha de
informações sobre as plantas no Cancioneiro Popular dos Açores. Li num jornal
que parece está a ter êxito o combate à vespa asiática. Espero que sim, mas
talvez ainda seja cedo para ficarmos descansados.
Comecei o dia 15 a fazer pesquisas no jornal “O Grito
do Povo” e, coisa rara, li alguma poesia, desta vez de Carlos de Oliveira. Para
recordar que fui professor de Física e Química, aqui fica o seu poema
Lavoisier:
Na poesia,
natureza variável
das palavras,
nada se perde
ou cria
tudo se transforma:
cada poema,
no seu perfil
incerto
e caligráfico,
já sonha
outra forma
Devido ao mau tempo só consegui estar a trabalhar na
terra, em Vila Franca do Campo, até às 11horas. Ajudei a fazer uma vedação e
estive a cortar canas e conteiras.
De tarde, voltei à leitura das “Prosas”, de Antero de
Quental e fiquei a conhecer posições disparatadas: um partido quer acabar com o
ordenamento do território, disparate ou negociatas? Outro partido quer pescas
nas áreas marinhas de proteção total. Se é total, não é parcial! Defesa de
convicções ou de interesses?
O dia 16, domingo, foi passado a correr roupa, a pesquisar
em jornais da década de 80 e a preguiçar. Estou farto deste Inv(f)erno!
16 de março de 2025
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