domingo, 16 de março de 2025

Virusaperiódico (86)

 


Virusaperiódico (86)

 

No dia 12, de manhã estive a fazer tarefas domésticas e de tarde participei num “webinar” promovido pela ASPEA-Associação Portuguesa de Educação Ambiental.

 

Comecei o dia 13 a realizar atividades de voluntariado ambiental e de tarde estive em Vila Franca do Campo, onde colhi algumas nêsperas, mas bananas nem por um canudo!

 

No livro “Cantos Populares do Arquipélago Açoriano”, coligidos e anotados por Teófilo Braga, li o seguinte:

Eu sou o março,

Que sempre marcejo,

Farto as terras

De água a desejo.

 

Farto também ando eu com tanta chuva!

 

Quase todo o dia 14 foi ocupado com a recolha de informações sobre as plantas no Cancioneiro Popular dos Açores. Li num jornal que parece está a ter êxito o combate à vespa asiática. Espero que sim, mas talvez ainda seja cedo para ficarmos descansados.

 

Comecei o dia 15 a fazer pesquisas no jornal “O Grito do Povo” e, coisa rara, li alguma poesia, desta vez de Carlos de Oliveira. Para recordar que fui professor de Física e Química, aqui fica o seu poema Lavoisier:

 

Na poesia,

natureza variável

das palavras,

nada se perde

ou cria

tudo se transforma:

cada poema,

no seu perfil

incerto

e caligráfico,

já sonha

outra forma

 

Devido ao mau tempo só consegui estar a trabalhar na terra, em Vila Franca do Campo, até às 11horas. Ajudei a fazer uma vedação e estive a cortar canas e conteiras.

 

De tarde, voltei à leitura das “Prosas”, de Antero de Quental e fiquei a conhecer posições disparatadas: um partido quer acabar com o ordenamento do território, disparate ou negociatas? Outro partido quer pescas nas áreas marinhas de proteção total. Se é total, não é parcial! Defesa de convicções ou de interesses?

 

O dia 16, domingo, foi passado a correr roupa, a pesquisar em jornais da década de 80 e a preguiçar. Estou farto deste Inv(f)erno!

 

16 de março de 2025

 

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