quarta-feira, 10 de julho de 2019

CINCO PELO AMBIENTE



CINCO PELO AMBIENTE

No nosso país muitas são as pessoas que lutam por um melhor ambiente, por uma Terra onde todos possam viver com melhor qualidade de vida.

Embora ache que é coletivamente que podemos intervir na sociedade, considero que não são de desprezar atitudes e comportamentos individuais pelo que, no texto de hoje, darei a conhecer um pouco cinco personalidades que pelo seu pioneirismo muito deram e alguns continuam a dar em defesa do nosso planeta.

Afonso Cautela (1933-2018), nascido em Ferreira do Alentejo, foi o fundador da primeira organização ecologista portuguesa o MEP-Movimento Ecológico Português, em junho de 1974.

Com ideias próprias, inspirando- se em pensadores como “Ivan Illich, Michel Bosquet, Emanuel Mounier, Paulo Freire, Hélder Câmara e outros … profetas da Sociedade Pós- Industrial”, Afonso Cautela foi professor do primeiro ciclo e jornalista, tendo sido autor de vários livros e brochuras de que destaco as seguintes: “Contributo à Revolução Ecológica”, “Manifesto Ecológico Contra a Inflação e o Custo de Vida: Ecomania ou Ecologia?”, “Luta Ecológica e Luta de Classes”, “Essa Ecologia de que Somos Cobaia”, “Viva a Doença Abaixo a Medicina” e “Ecologia e Informação: Como os jornalistas nos lavam o cérebro”.

Afonso Cautela foi também um poeta distinto, tendo publicado entre outras o livro “Lama e Alvorada” cujo primeiro volume foi editado em 2017.

Gonçalo Ribeiro Teles (1922-), o mais conhecido de todos, é engenheiro agrónomo, arquiteto paisagista e ambientalista, tendo tido uma atividade política digna de registo. Com efeito depois de combater o Estado Novo chegou a ser Ministro de Estado e da Qualidade de Vida, depois do 25 de abril de 1974.

A criação, entre outras, da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional bem como os projetos de vários jardins urbanos, de que destacamos o da Fundação Calouste Gulbenkian e o Amália Rodrigues a ele se devem.

Os seus livros, “Para Além da Revolução”, de 1985, e “A Árvore em Portugal”, publicado em 1999, são de leitura obrigatória para quem quiser conhecer o seu pensamento.

Jacinto Rodrigues (1939-) esteve exilado em vários países europeus durante o Estado Novo para onde fugiu 12 anos antes do 25 de abril de 1974. Tendo por formação base a filosofia, em França licenciou-se em Sociologia e fez o mestrado em Urbanismo. Foi professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

É autor de uma vasta bibliografia científica e de intervenção social. De entre os livros publicados destaco "A Conspiração Solar do Padre Himalaya", sobre a vida e obra de um dos mais visionários cientistas portugueses, o Padre Manuel António Gomes que foi considerado, pelo Dr. José Crespo, como sendo um misto de Júlio Verno e de Edison.

José Carlos Costa Marques (1945-) nasceu no Porto. Foi professor, tradutor e assistente editorial. Neste momento é pequeno editor e presidente da direção da associação de defesa do ambiente Campo Aberto.

Um dos pioneiros do ecologismo português, José Calos Marques, mantém uma intervenção no movimento de defesa do ambiente desde 1974.

Poeta de mérito reconhecido, é autor do livro “Flor de um dia”, onde é reunida a sua poesia inédita e a alguma publicada.

Nuno Gomes de Oliveira (1956-) é biólogo e ambientalista, fundador do NEPVS- Núcleo de Estudos e Proteção da Vida Selvagem, organização fundada em agosto de 1974. Foi, também, fundador do Parque Biológico da Gaia

Teófilo Braga

(Correio dos Açores 31873 de 11 de julho de 2019, p. 16)

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