segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Cenoura-brava


Cenoura-brava

A cenoura-brava é uma planta herbácea, bienal, que pode medir até 70 cm de altura. As folhas são compostas e as flores em umbelas com pétalas brancas, apresentado uma ou mais flores centrais uma coloração purpúreo-escuro.

Endémica dos Açores a cenoura-brava pode ser encontrada em terrenos abandonados, bermas de estradas, pastagens, etc. sobretudo em zonas de altitudes mais baixas.

Cunha, Ribeiro e Roque (2007) para a subespécie sativus indicam que “as raízes são usadas em inflamações genito-urinárias, diarreia, inflamações gástricas e da vista. As sementes na flatulência e pela acção galactogénica. Externamente, a polpa da raiz em queimaduras e inflamações dérmicas.

Cândido Abranches (1894) menciona o uso da cenoura-brava “em chá para dores de ventre”.

Corsépius (1997) apresenta as seguintes propriedades e indicações: “diurética - na tensão pré-menstrual; anti-diarreica e carminativa-meteorismo; emoliente e cicatrizante – prurido, eczema, queimadura fechadas”.

Bilhete de Identidade

Nome científico: Daucus carota subsp. azoricus Franco

Nome vulgar: Cenoura-brava, salsa-burra

Família: Apiacea

Origem: Açores

Bibliografia

Abranches, J. (1894). Medicina Popular Michaelense. Ponta Delgada (doc. não publicado).

Corsépius, Y. (1997). Algumas plantas medicinais dos Açores. Edição do autor.99 pp.

Cunha, A., Ribeiro, J., Roque, O. (2007). Plantas aromáticas em Portugal–caracterização e utilizações. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. 328 pp.

Vieira, V., Moura, M., Silva, L. (2020). Flora terrestre dos Açores. Ponta Delgada, Letras Lavadas. 356 pp.

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