sábado, 16 de setembro de 2023

Nespereira


Nespereira

É uma árvore que pode atingir 10 m de altura, com folhas perenes, alternadas, simples e verde-escuras na página superior e arruivadas na inferior, apresentando nervuras bem evidentes.

As flores são brancas e em cachos com três a dez flores e os frutos são elipsoides com uma casca aveludada e amarelo-alaranjada, quando estão maduros.

De acordo com o Dr. Carreiro da Costa, a nespereira foi introduzida em São Miguel, como árvore ornamental no início do século XIX, tendo-se propagado com muita facilidade. Ainda segundo a mesma fonte, em 1849, Amâncio Gago da Câmara exportou nêsperas para Londres, “sob mui favoráveis auspícios”.

Os frutos podem ser comidos como fruta fresca, em saladas de fruta ou em compotas. Também podem ser usados para fazer vinho, licor ou aguardente.

Os ramos são usados em arranjos florais, sobretudo na época do Natal, e a árvore também é utilizada como ornamental.

O Dr. Oliveira Feijão refere o uso dos “frutos como antidiarreicos e anti-hemorrágicos internos e a casca da árvore como adstringente externo” e acrescenta que “o cozimento da casca (40 g de casca fresca ou 20 g de casca seca, para um litro de água) dá um excelente gargarejo adstringente contra as anginas, estomatites, etc.”

Cursépius (1997) refere que os frutos são ricos em várias vitaminas e possuem uma ação antidiarreica. Segundo ela, “a casca da árvore em decocção – 20g/l de água é adstringente e serve para bochechos e gargarejos.”

Bilhete de Identidade
Nome científico: Eriobotrya japónica (Thunb.) Lindl.
Nome vulgar: Moniqueira, Mónicas, Móquenas
Família: Rosaceae
Origem: China

Bibliografia

Corsépius, Y. (1997). Algumas plantas medicinais dos Açores. Edição do autor.99 pp.

Costa, F. (1952). Exportação de nêsperas micaelenses para Londres. Boletim da Comissão Reguladora dos Cereais do Arquipélago dos Açores, nº 15. Ponta Delgada: 167

Feijão, R. (1986). Medicina pelas plantas. Lisboa, Progresso editora. 334 pp.

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