sábado, 2 de setembro de 2023
Batateira
Batateira
É uma planta herbácea anual, com raízes vivazes, com caule que pode atingir 60 cm. As suas folhas são de cor verde-escuro, divididas em folíolos de forma oval. As flores são brancas ou violetas e os frutos são bagas globulosas de cor esverdeada.
Em Portugal continental, foi Vandelli, em 1789, quem pela primeira vez fez referência à presença de batateiras que na altura ainda eram pouco usadas (Ferrão 1999). Carreiro da Costa (2021) considera “que só na segunda metade do século XVIII se ensaiaria nos Açores a cultura da chamada batata-branca. ou batata inglesa.”
Feijão (1986) refere que “a batata crua é antiescorbútica e analgésica local (rodas de batata crua contra as dores de cabeça); o cozimento das folhas, flores e bagas (25 a 30: 1000) é sedativo e ligeiramente narcótico (diarreias, nevralgias, dores reumastismais, convulsões, etc,). … A cataplasma de Batata raspada é calmante (furúnculos, queimaduras, abcessos, etc.) e a pasta formada por batata cozida misturada com leite fresco, é esplêndida para amaciar e branquear as mãos.”
Gomes (1993) escreve que, na ilha Terceira, para combater as dores de cabeça colocavam-se “rodelas de batata nas fontes (têmporas). Também refere que “antigamente algumas pessoas tinham a convicção que, usando uma batata no bolso das calças, absorvia o reumatismo.”
Corsépius (1997) refere que a batata é utilizada essencialmente na alimentação e “que pode também ser usada como analgésico em cataplasmas, e, tanto cozida como raspada em cru, em aplicações sobre queimaduras do sol.”
Bilhete de Identidade
Nome científico: Solanum tuberosum L.
Nome vulgar: Batata, batata-inglesa
Família: Solanaceae
Origem: América Central e do Sul
Bibliografia
Corsépius, Y. (1997). Algumas plantas medicinais dos Açores. Edição do autor.99 pp.
Costa, C. (2021). Esboço Histórico dos Açores. Ponta Delgada, Artes e Letras Editora. 356 pp.
Feijão, R. (1986). Medicina pelas plantas. Lisboa, Progresso editora. 334 pp.
Ferrão, J. (1999). A aventura das plantas e os Descobrimentos Portugueses. Lisboa, Instituto de Investigação Tropical e Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. 75 pp.
Gomes, A, (1993). A alma da nossa gente: repositório de usos e costumes da Ilha Terceira, Açores. Angra do Heroísmo, Direcção Regional dos Assuntos Culturais. 498 pp.
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