quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Pinheiro-bravo


Pinheiro-bravo

O pinheiro-bravo é uma árvore de tronco direito, que em geral atinge uma altura de 15 metros.

As folhas são verde-escuras, persistentes e rígidas em forma de agulha, podendo atingir os 20 cm de comprimento. A floração ocorre nos meses de março e abril, sendo as flores masculinas em forma de espigas amareladas e as femininas avermelhadas. Os frutos, as pinhas, são escamosos e de cor castanha-avermelhada.

O pinheiro terá sido uma das primeiras árvores introduzidas pelos povoadores na ilha de São Miguel, sendo a sua cultura intensificada pelos padres da Companhia de Jesus que, por volta de 1750, fizeram grandes plantações nas Furnas.

Isabel Nogueira, no livro “Iconographia Selecta Florae Azoricae”, publicado pela Secretaria Regional da Cultura em 1988, depois de referir a importância da sua madeira para o fabrico de mobiliário, caixotes, aglomerados, etc., menciona a utilização na medicina. Segundo ela, “as gemas foliares postas de infusão e fervidas depois em água bastante açucarada produzem um bom xarope (xarope de seiva de pinheiro) que é utilizado na cura de catarros e bronquite”.

Corsépius (1997) apresenta as seguintes propriedades e indicações: “antissética e expectorante - bronquite; diurética-cistites, reumatismo; sudorípara, rubfaciente e excitante- má circulação periférica, fadiga, pés cansados.”

Em 1989, uma moradora na Rua do Castilho, na cidade de Ponta Delgada, referiu que a seiva (das agulhas) era utilizada para fazer um xarope para a tosse.

Na Ribeira Seca, Ribeira Grande, em 2002, uma respondente mencionou que a inalação de uma mistura de “pinho, tomilho, eucalipto e alfazema”, fervida em água, era usada para combater a sinusite.

Bilhete de Identidade

Nome científico: Pinus pinaster Ait.

Nome vulgar: Pinheiro-bravo, pinheiro-marítimo

Família: Pinaceae

Origem: Mediterrâneo Ocidental e Norte de África

Bibliografia

Corsépius, Y. (1997). Algumas plantas medicinais dos Açores. Edição do autor.99 pp.

Fernandes, A., Fernandes, R. (Red.) (1983). Iconographia Selecta Florae Azoricae, Fasc. II. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional da Educação e Cultura. 286 pp.

Quintal, R., Braga, T. (2021). Árvores dos Açores. Ponta Delgada, Letras Lavadas. 240 pp.

Saraiva, A. (2020). As árvores na Cidade. Lisboa, Gradiva. 537 pp.

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