sábado, 22 de junho de 2019

PERCURSO PEDESTRE “LAGOA DO FOGO- LOMBADAS”



PERCURSO PEDESTRE “LAGOA DO FOGO- LOMBADAS”

Ponto de Partida: Miradouro da Lagoa do Fogo
Ponto de Chegada: Lombadas
Extensão: 5,7 km
Duração média: 2 h 30 min
Grau de Dificuldade: Elevado
Grau de Perigosidade: Elevado
Forma: Linear

O percurso inicia-se no miradouro da Lagoa do Fogo, uma das mais belas, senão a mais bela das lagoas açorianas, implantada numa caldeira com 3 km de diâmetro e 100 a 300 m de profundidade, formada há cerca de 15 000 anos, no topo do vulcão de Água de Pau ou do Fogo.

Na descida do miradouro até à lagoa, é possível observar uma grande diversidade da flora nativa dos Açores como a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), o queiró (Calluna vulgaris), a urze (Erica azorica), o folhado (Viburnum tinus ssp. subcordatum), o azevinho (Ilex perado ssp. azorica), o feto-do-botão (Woodwardia radicans), o feto-do-cabelinho (Culcita macrocarpa), o louro (Laurus azorica), o canicão (Holcus rigidus) e o sargasso (Luzula purpureosplendens).

O posto 2 situa-se numa praia, na margem da lagoa, de onde é possível observar parte da caldeira de colapso, na qual se insere a lagoa. A vegetação deste posto caracteriza-se por ser rasteira, com destaque para o queiró (Caluna vulgaris), evidenciando-se, ao longe, as plantações das criptomérias (Cryptomeria japonica).

As aves são presença constante e abundante na lagoa e nas suas margens, sendo este um importante ponto de reprodução para aves marinhas como a gaivota (Laurus cachinnans atlantis) e o garajau-comum (Sterna hirundo). Para além destas, é possível observar outras espécies como o milhafre (Buteo buteo rotchschilidi), a alvéola (Motacilla cinerea) e o melro-negro (Turdus merula azorensis).

O posto 3 situa-se numa encruzilhada de trilhos, no bordo norte das cumeeiras da Lagoa do Fogo. Este posto apresenta uma vista panorâmica muito bonita sobre a caldeira da Lagoa do Fogo, bem como, sobre parte da costa norte de São Miguel, com destaque para a cidade da Ribeira Grande e freguesias limítrofes.

O trajecto, desde o posto anterior, faz-se, na sua grande maioria, no interior de uma mata de criptomérias (Cryptomeria japonica), na qual, é possível encontrar diversos exemplares de flora nativa açoriana como a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) o azevinho (Ilex perado ssp. azorica), o feto-do-cabelinho (Culcita macrocarpa) e o sanguinho (Frangula azorica).


O percurso termina no local das Lombadas, junto às ruínas das instalações da empresa que explorou a água mineral.

Teófilo Braga
(Terra Nostra, 301, 15 de dezembro de 2006)

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